A porta da limusine se fecha com um clique surdo.
Vidro escurecido.
Perfume caro misturado com cheiro de couro e eletricidade no ar.
Dante Moreau.
Terno impecĂĄvel, mĂŁo no joelho, olhar de dono.
O maxilar dele estĂĄ mais travado do que deveria.
Valentina.
Vestido preto como pecado, fenda gritando liberdade, sem calcinha, sem sutiĂŁ, sem freios.
Ela cruza as pernas, lenta, sabendo que o tecido sobe mais do que deveria.
Ele observa.
NĂŁo sorri.
SĂł analisa.
Como predador que jĂĄ decidiu que vai comer.
â VocĂȘ gosta de provocar. â ele solta, sem emoção.
â VocĂȘ gosta de fingir que controla o que jĂĄ perdeu. â ela devolve.
Dante se inclina devagar.
Desliza a mĂŁo pela coxa dela.
Sobe.
Sobe.
PĂĄra na virilha.
â Perdeu? â ele repete.
A voz, uma ameaça rouca.
Pega ela pela nuca.
Puxa pra perto.
A boca dele esmaga a dela.
Beijo?
NĂŁo.
Ă guerra.
Ă invasĂŁo.
Ă um âcala a bocaâ com lĂngua, dentes e domĂnio.
As mĂŁos dele descem, seguram o quadril, puxam.
Ela desliza no banco, praticamente sentando no colo del