O pouso é suave.
O céu de Tóquio, um tapete cinza-claro iluminado por arranha-céus que brilham como diamantes de concreto.
Victor ainda dorme com uma máscara de cetim e fones de ouvido com música clássica.
Valentina, porém, já está acordada — olhar fixo na cidade abaixo.
Assim que a porta da aeronave abre, Mireille está ali.
— Instruções, senhorita Valentina.
Ela entrega um envelope preto com bordas douradas.
Dentro, um cartão:
“Evento: Gala da Fundação Internazionale.
Dress code: Atemporal, provocante, vermelho.
Limusine às 21h.
Surpreenda-me.
— D.”
Victor lê por cima do ombro dela.
— Gala da Fundação? Ai, ele quer mesmo mostrar você pro mundo, né?
Isso é tipo… Oscar com champanhe e contratos de bilhões na mesa.
Valentina fecha o envelope com um estalo seco.
— A gente vai fazer isso do nosso jeito.
— Nosso jeito = causar um AVC na Mireille e fazer Dante pensar em você por três dias depois?
— Exato.
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Horas depois, na suíte presidencial do hotel.
Victor desfila pelo quarto com um robe