O salão do Grand Palais de Tokyo era uma ode ao luxo imoral.
Paredes em mármore marfim, lustres de cristal Baccarat pesando toneladas, música de orquestra misturada com suspiros de dinheiro.
Valentina entrou como uma faísca vermelha num cenário de ouro.
Vestido colado como pecado moldado.
Salto alto como uma arma que grita “não toque, a menos que tenha coragem de ser queimado.”
E um olhar de mulher que sabe demais… e finge de menos.
Ao lado, Dante Moreau.
Terno sob medida, alfaiataria silenciosa e presença de comando.
Ele não sorri.
Não se inclina.
Não cumprimenta mais do que o necessário.
Ele domina com silêncio — e com um clique escondido no bolso, fazia Valentina estremecer por dentro.
— Isso é abuso de poder. — ela sussurra, com um sorriso treinado.
— Isso é o que acontece com quem provoca o dono da coleira. — ele responde sem mexer um músculo do rosto.
Ela ri por fora.
Mas os dentes apertam no prazer contido.
— Você vai me fazer gozar no meio desse salão.
— Se for boa menina… só