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Capítulo 13 – Dossiê Moreau

(em itálico, como o pensamento de um homem que nunca pede duas vezes)

Zurique. Cobertura blindada sobre o Lago de Zurique.

Sem número na fachada. Sem nome no interfone. Ninguém sobe sem aprovação tripla.

Ali não entra som da cidade.

Nem cheiro de gente comum.

Apenas aço, mármore negro e silêncio escolhido.

A penthouse não tem alma.

Tem segurança militar, tecnologia israelense e um cofre embutido que esconde mais que dinheiro.

É onde Dante pensa. Executa. Comanda.

Ele acorda antes do sol.

Café preto, sem açúcar.

Relatórios internacionais na tela antirreflexo.

Câmbio, riscos, ativos, chantagens. Tudo num só código.

Dante Moreau não nasceu para ser amado.

Foi projetado para vencer.

Filho de banqueiro falido e pianista ausente.

Criado em silêncio, treinado pra nunca confiar.

Ele aprendeu a ser lenda sem precisar ser visto.

LEON

55 anos. Ex-militar. Zero vaidade.

Anda como sombra, fala como lâmina.

Olhos sempre atentos, como se o mundo fosse um campo minado.

É motorista, segurança e pai silencioso — o único homem que Dante permite ficar entre ele e uma bala.

Se conhecem desde os 19, quando Leon impediu um sequestro em Casablanca. Desde então, não se separaram.

À noite, quando os sistemas são desligados e o mundo dorme, Leon divide mais que segredos com Mireille.

Os dois vivem um romance discreto. Quase invisível. Mas inquebrável.

MIREILLE

Governanta com mais poder que ministros.

Óculos com corrente dourada, postura ereta, língua afiada.

Ela não pergunta. Ela informa. E Dante ouve.

Ela coordena jantares com embaixadores e substitui qualquer analista de risco em silêncio.

Sabe de cada amante, cada falha, cada trauma.

E odeia todas as mulheres que passam pela cama dele.

Menos uma.

Aquela ruiva.

Quando viu Valentina naquela festa em Moscou…

Ela não era a mais bonita. Nem a mais provocante.

Mas era a mais… inalcançável.

“Ela anda como se cobrasse. Sorri como quem esqueceu. E olha como quem desafia.”

A primeira coisa que notou: o pescoço exposto.

O cabelo vinho.

O salto preciso.

O silêncio dela gritou mais alto que qualquer música do salão.

Dante não sente atração como os outros homens.

Ele não deseja o corpo.

Ele quer o domínio.

E Valentina?

Ela é uma variável fora do padrão.

Bonita demais para se render.

Inteligente demais para fingir.

Ela goza. E depois encara.

Como se dissesse: “Isso é tudo?”

No mesmo instante, ele ordenou:

“Reservem o Quarto 313. Mesma suíte presidencial de sempre. Nada de flores. Nem cartões.”

“Ela entra. Sozinha. Sem maquiagem. Sem adereços. Mireille, organize.”

Leon apenas assentiu.

Mireille anotou e sorriu de lado — raro.

Ela sabia que algo maior estava se formando ali. Algo que Dante não conseguiria controlar com uma transferência bancária.

Zurique. 23h52.

Leon digita o código de segurança.

Mireille entrega o relatório:

Seis clientes. Nenhuma conexão emocional.

Ela está inquieta.

Dormindo pouco. Fazendo mais do que o necessário.

Como quem tenta esquecer.

Dante lê.

Fecha o arquivo.

“Ela quer me ver. Mas não vai pedir. Isso já é uma vitória.”

Ele olha pela janela.

Luzes distantes.

A cidade dorme.

Ele, não.

Valentina ainda não entendeu…

Mas já pertence a ele.

E Dante Moreau nunca perde o que decide possuir.

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