A lua cheia despontava lentamente no céu, alva e imponente, como um farol ancestral observando a nova ordem que nascia entre as árvores e as pedras da Vigília. Lia se encontrava no centro do Círculo da Lua, rodeada pelos doze membros eleitos. À sua frente, uma chama eterna ardia em uma pira sagrada, simbolizando o elo entre os vivos, os mortos e os que ainda estavam por vir.
— Hoje — começou Lia, com a voz firme e clara — nós selamos o pacto de reconstrução. Não somos mais clãs divididos por sangue, raça ou passado. Somos um só povo. E como Alfa, eu juro diante da lua e da chama: jamais seremos como os antigos. Jamais permitiremos que o medo dite nosso futuro.
Miriam, agora conselheira espiritual do Círculo, avançou e acendeu pequenas velas ao redor da pira maior. Cada vela representava um dos clãs presentes. As chamas tremularam juntas, como se dançassem ao som de uma música invisível.
Etan, de pé atrás de Lia, observava em silêncio. Ele segurava seu violão como um guerreiro segura u