O rosto da mulher da cripta perseguia Melanie.
Mesmo desperta, mesmo longe do templo, ela podia vê-la ao fechar os olhos. Sua pele branca como mármore, os olhos de dois tons — espelhos perfeitos dos de Lia e dos seus. Mas o que mais a perturbava não era a semelhança. Era o fato de que, no fundo dos olhos daquela mulher adormecida, havia dor.
Dor e lembrança.
E agora, após despertar por alguns segundos, ela parecia ter deixado uma semente dentro da mente de Melanie.
Uma memória que não era dela.
Uma vida que ainda precisava ser contada.
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Durante os dias seguintes, Melanie começou a sonhar.
Mas não eram sonhos comuns.
Ela via lugares que jamais havia visitado — ruínas envoltas em luz dourada, florestas que se moviam como se respirassem, e uma torre espelhada que se erguia até tocar o céu. Em cada sonho, a mulher da cripta aparecia mais jovem, viva, andando por aqueles caminhos como se pertencessem a ela.
E então, uma noite, ela falou.
— "Meu nome foi Serelith."
Melanie acordou com lá