A brisa que soprava naquela manhã trazia consigo mais do que o perfume das folhas novas e o cheiro úmido da terra molhada. Ela carregava promessas. Sussurros de uma era que começava a dar seus primeiros passos firmes, sustentada por antigos juramentos e novos sonhos.
Lia despertou cedo. Do alto da varanda de sua casa na clareira, observava os primeiros raios de sol filtrarem-se por entre as árvores. Cada manhã ali era uma bênção. Um lembrete de tudo o que haviam conquistado — e do que ainda precisavam proteger.
Etan surgiu atrás dela, os cabelos bagunçados e a expressão sonolenta. Abraçou-a pelas costas e descansou o queixo no ombro dela.
— Já está pensando demais? — sussurrou.
— Sempre — ela respondeu, sorrindo.
— O que te preocupa hoje?
— O amanhã. E depois dele. O Conselho está estável, mas sinto... algo no ar. Como se a paz fosse uma maré prestes a recuar.
Etan beijou-lhe a têmpora.
— Então vamos preparar âncoras. Cantar alto, uivar mais alto ainda... e nunca esquecer por que come