O vento soprava diferente naquela manhã.
Mais úmido. Mais denso. Como se a floresta respirasse através de um véu que não pertencia àquele mundo.
Melanie estava de pé na borda do território dos Guardians, os olhos fixos nas sombras que dançavam entre as árvores. A marca em seu ombro ardia — não como fogo, mas como gelo derretendo sob a pele. Era um aviso. Um chamado. E ela sabia que não podia mais ignorar.
Desde a visão do corpo marcado com a espiral, a tensão aumentava a cada dia. Os animais desapareciam. Os rios mudavam o curso. Os próprios lobos da vila sentiam que algo se movia sob a terra.
O Esquecido estava acordando.
E Melanie precisava descobrir onde ele se escondia antes que fosse tarde demais.
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— O templo dos Primeiros? — perguntou, ainda ofegante. — Ele existe?
A arqueira assentiu lentamente, os olhos fixos nas runas que brilhavam sob o chão da clareira.
— Foi enterrado por medo. Escondido dos vivos e dos mortos. Mas você o viu nas visões. Ele está chamando.
— E o que há