O céu estava limpo, mas o ar ainda carregava o cheiro da noite anterior.
Na vila, os sobreviventes caminhavam entre os escombros, tentando entender onde o real terminava e onde o véu começava. As marcas no chão, as espirais gravadas nas portas, e o silêncio ainda pulsante lembravam a todos de que a batalha contra o Esquecido fora vencida, mas não encerrada.
Melanie observava tudo do alto da colina, onde o templo de pedras havia sido improvisado como posto de vigília. O selo vibrava sob sua pele, ainda quente, ainda ativo. A raiz cristalizada que usara para selar a fenda estava agora enterrada no centro da praça, envolta por pedras protetoras.
Etan repousava, Lia liderava os rituais de purificação, e os primeiros lobos voltavam a cantar com a lua.
Mas algo estava errado.
No silêncio entre os cantos, Melanie ouvia... ecos.
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A primeira vez que ouviu com clareza, foi ao pôr do sol.
Ela recolhia ervas com Elen, preparando infusões para os feridos, quando sentiu uma pontada aguda na marc