O ar estava mais denso do que o habitual na manhã seguinte ao anúncio do CEO. No andar de marketing, onde as ideias criativas eram incentivadas a fluir como café recém-passado, pairava uma tensão discreta — como se todos soubessem que algo havia se deslocado, mesmo que ninguém ainda soubesse o quê.

Carla Santos, gerente júnior de marketing, caminhava pelo corredor com passos firmes e uma expressão que misturava polidez e contenção. Desde o anúncio de Rafael sobre o patrocínio ao protótipo de Isabela Duarte, ela sentia uma estranha mistura de surpresa, ressentimento e… medo. Medo de ser eclipsada. Medo de ter ignorado um talento que agora crescia aos olhos de todos.

Às 10h em ponto, o time de comunicação e marketing reuniu-se na sala de vidro para uma rápida atualização semanal. A pauta era simples: avaliar as possibilidades de implementação da nova campanha de engajamento. Todos os olhos se voltaram para Carla, que coordenaria o encontro.

— Antes de mais nada — começou ela, com a v