217. O Pacto de Honestidade
A sala do conselho estava tensa quando Isabela Duarte abriu a apresentação projetada na tela. A frase que iluminava a parede branca era direta, quase desafiadora:
“Integridade e Transparência: a Base para a Sustentabilidade do Nosso Impacto Social.”
Ela fechou o laptop com um clique seco e ergueu os olhos para os presentes. Os membros do conselho, acomodados em suas cadeiras de couro, trocavam olhares cautelosos. Havia silêncio, mas uma expectativa palpável.
— Proponho hoje uma iniciativa que pode redefinir o rumo do nosso programa social — começou Isabela, com a voz firme, mas sem perder a suavidade. — A criação de um comitê de ética social, composto por membros externos, independentes e qualificados, com poder deliberativo para fiscalizar e orientar nossas ações.
Uma das conselheiras, Vera Luz, arqueou a sobrancelha, intrigada.
— Membros externos? Isso parece… complicado. Como garantir que eles não se envolvam em disputas internas ou interesses alheios?
— Excelente pergunta —