220. A Vitória Apertada
O relógio da sala de reuniões marcava exatamente 14h quando Isabela Duarte entrou na sala do conselho. A atmosfera era carregada, o ar parecia denso como antes de uma tempestade. A votação decisiva sobre o comitê de ética social havia sido convocada novamente, desta vez para ratificar sua implementação definitiva, diante das recentes revelações e denúncias internas.
A sala, decorada com móveis sóbrios e paredes revestidas em madeira escura, acomodava os membros do conselho e os representantes da diretoria. O silêncio reinava enquanto todos aguardavam o início da sessão.
Isabela sentou-se no centro da mesa, ao lado de Rafael Arantes, que trocava olhares tensos com Andrade. Do outro lado, Carla e Mariana alinhavam seus papéis, visivelmente confiantes, mas conscientes da fragilidade do momento.
O presidente do conselho, Moreira, abriu a sessão com voz firme:
— Senhores e senhoras, estamos aqui para a votação final do Comitê de Ética Social, após os recentes acontecimentos que trouxe