71. Defesa clara

No dia seguinte ao desconforto da reunião, o burburinho no escritório era mais contido, mas não menos presente. As pessoas falavam com olhares, sorrisos discretos, cochichos que cessavam quando Isabela passava. A cena da tentativa de Carla de diluir sua autoria repercutia em círculos diferentes — nem todos explícitos, mas todos atentos.

Isabela chegou cedo, como de costume, e se dirigiu direto à sua mesa. O mural interno de comunicações exibia, em destaque, a imagem do protótipo da campanha, com os dizeres: “Projeto piloto em desenvolvimento. Referência visual: I. Duarte”. Era a primeira vez que seu nome aparecia de forma pública associada a uma iniciativa institucional. E apesar do orgulho que isso gerava, havia também o peso da exposição.

Enquanto organizava seus materiais, Mariana surgiu com dois cafés nas mãos.

— Um pra você. O outro é meu, mas vou fingir que é um presente simbólico pela sua compostura ontem.

Isabela sorriu, aceitando o gesto.

— Obrigada. Achei que ia me trem
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