Bianca Almeida tinha uma vida planejada: prestes a se casar, com uma carreira sólida e uma melhor amiga ao lado — até flagrar os dois na cama. Traída, humilhada e emocionalmente destruída a poucos dias do casamento, ela vai à festa da empresa decidida a esquecer a dor… e acaba passando a noite com Noah Mancini, seu chefe milionário e inacessível. Ela achou que seria apenas uma noite. Ele desapareceu sem deixar rastros. Sem saber que deixou algo para trás. Meses depois, Bianca descobre que está grávida. Disposta a criar o filho sozinha, ela tenta seguir com a vida — até que Noah reaparece, abalado, exigindo respostas. Quando ele finalmente decide romper com tudo para assumir a criança e a mulher que agora domina seus pensamentos, uma conspiração se forma nos bastidores. Duas famílias poderosas. Um império ameaçado. E uma guerra silenciosa para destruir Bianca antes que ela destrua o acordo que vale milhões. Entre o amor impossível, o peso do poder e a ameaça velada, Bianca terá que lutar não apenas por sua dignidade… mas pela vida do seu filho.
Leer másNoahA manhã estava silenciosa demais para o meu gosto.Era como aquele momento antes da tempestade, quando o céu ainda está limpo, mas o vento carrega uma tensão no ar que te arrepia a espinha. Eu acordei cedo, deixei Bianca dormindo depois da semana que ela teve, era o mínimo que eu podia fazer. Ela precisava de descanso, de paz, de tempo pra respirar.E eu ia garantir isso.Cheguei na empresa por volta das nove. Cumprimentei a recepção, subi direto para o último andar, onde ficavam as salas executivas. Tudo seguia como sempre: minha assistente me atualizando por mensagem, reuniões marcadas, documentos a revisar.Mas quando as portas da sala de reunião se abriram… o ar saiu dos meus pulmões.Gustavo.Sentado. Sorridente. Com um terno barato que não combinava com o ambiente, e aquela expressão de quem estava adorando a própria audácia.Eu congelei.Demorei um segundo pra assimilar.Noah: — O que… você está fazendo aqui?A sala ficou em silêncio. Quatro diretores da empresa estavam se
NoahQuando eu entrei em casa, ela ainda estava no sofá.As luzes estavam apagadas, só o brilho da TV iluminava o rosto dela, e no colo… o nosso filho. Dormindo como se o mundo lá fora não estivesse pegando fogo.Mas eu tinha visto.Vi cada palavra dela. Cada vírgula, cada lágrima contida, cada tremor na voz. Vi o que fizeram. Vi o que aquele desgraçado do pai teve coragem de dizer. E vi o jeito que ela enfrentou tudo — de cabeça erguida, com a alma nua.Era a Bianca que eu conheci. Era a mulher por quem eu me apaixonei. Mas, mais do que isso… era a mulher que eu escolhi proteger pro resto da vida.Me aproximei em silêncio, tirei os sapatos devagar, ajoelhei ao lado do sofá e encostei minha testa na dela. Ela abriu os olhos, devagar, como se estivesse com medo de que tudo aquilo ainda fosse um pesadelo.Bianca: — Você viu?Assenti, sem tirar os olhos dela.Noah: — Eu vi… e eu me apaixonei por você de novo.Ela tentou sorrir, mas os olhos dela diziam tudo. Estavam exaustos. Doloridos.
BiancaA dor é um veneno lento. Não mata na hora. Vai corroendo por dentro, até você deixar de sentir. Mas o que fizeram hoje… foi como se tivessem arrancado a minha alma com as unhas. E exposto cada parte dela no jornal da manhã, nos sites de fofoca, nos stories de gente que nunca nem ouviu minha voz.Eu ainda estava no chão do quarto do meu filho quando a dor virou outra coisa. Uma coisa mais forte. Mais quente. Mais viva.Raiva.A raiva me levantou. Me fez respirar fundo. Me fez atravessar o corredor com os punhos fechados e ligar para o único advogado que eu confiava: Lorenzo.Ele atendeu no segundo toque.Lorenzo: — Bianca?Bianca: — Preciso de você. Hoje. Agora. Sem perguntas.Lorenzo: — Me diga onde e eu estarei lá.**Duas horas depois, eu estava sentada em uma sala pequena, paredes de vidro fosco, café sobre a mesa, e Lorenzo com os olhos cravados nos meus.Lorenzo: — Você quer abrir processo contra ele?Bianca: — Eu quero processar ele, quem pagou ele, quem editou o vídeo, q
Narrado por BiancaEstava no quarto do bebê quando meu mundo desabou pela segunda vez.Era fim de tarde. A luz dourada do sol atravessava a cortina bege e deixava um rastro quente no tapete. Eu estava sentada no chão, dobrando as roupinhas do meu filho. Coisas simples, mas que me davam paz. Tinha macacão de bichinho, meias com carinha de urso, e o body azul claro que Noah escolheu na última ida ao shopping.Ele não estava em casa agora. Tinha ido trabalhar, resolver pendências no escritório. Mas estava por aqui, do meu lado, na mesma cidade, na mesma casa. Só isso já me trazia alívio.Depois de tudo que aconteceu, só de lembrar que ele cortou os laços com Viviane por mim, eu sentia o peito aquecer. Ele acreditou em mim. Me escolheu. Defendeu nossa família. E isso… isso não tem preço.Mas a paz não dura muito tempo pra quem carrega passado.Ana Júlia entrou no quarto do nada. A porta abriu com um tranco e ela apareceu, ofegante, com o celular na mão e o rosto branco feito papel.— Bian
CarolinaNada como fazer o serviço sujo com as próprias mãos.Depois do jantar com Gustavo, eu passei a madrugada inteira acordada. Não consegui dormir nem por um segundo. Fiquei pensando naquela oportunidade, naquela bomba prestes a explodir. Um pai alcoólatra. Violento. Abandonado. E a filha perfeita, casada com o queridinho dos ricos, se fazendo de santa.Eu podia destruir a imagem dela. Podia acabar com aquele casamento de comercial de margarina e fazer o mundo ver a verdade, ou, pelo menos, a versão da verdade que eu escolhesse.Pesquisei a localização que o idiota do Gustavo me passou. Pablo. Morava em um subúrbio afastado, decadente, num beco quase esquecido pelo mundo. Era o retrato do fracasso. Exatamente o tipo de homem que uma mulher como Bianca enterraria no passado.Peguei meu carro com motorista. Botei um óculos escuro grande, o tipo que esconde até a alma. Casaco bege, lenço no pescoço, nada de luxo chamativo. Eu não queria ser reconhecida. Queria parecer mais uma rica
CarolinaOs dois estavam sentados à minha frente, mastigando feito dois porcos mimados que nunca viram comida boa na vida. O garçom trouxe o vinho que eu pedi caro, encorpado, digno da ocasião. Eu só observava. Letícia falava demais. Gustavo fingia que era alguém importante. Mas o que me interessava mesmo era o que ele tinha pra me entregar.Gustavo: — Então... você quer saber os podres da Bianca? Achei que você só quisesse me humilhar, como todo mundo faz ultimamente.Carolina: — Ah, Gustavo, vamos pular essa parte do coitadismo. Eu também fui humilhada. Fui trocada, traída e jogada de lado. Não tô aqui pra consolar ninguém. Tô aqui pra fazer um acordo. Se você tiver algo realmente útil, pode me dizer agora.Letícia tentou abrir a boca, mas eu fiz questão de encarar ela com força. Aquela mulher não tinha cérebro pra estar nesse tipo de conversa. Ela que se contentasse em comer e parecer bonita — o que, convenhamos, ela também não conseguia muito.Gustavo: — Tá. Eu vou ser direto. A B
Último capítulo