Bianca Almeida tinha uma vida planejada: prestes a se casar, com uma carreira sólida e uma melhor amiga ao lado até flagrar os dois na cama. Traída, humilhada e emocionalmente destruída a poucos dias do casamento, ela vai à festa da empresa decidida a esquecer a dor… e acaba passando a noite com Noah Mancini, seu chefe milionário e inacessível. Ela achou que seria apenas uma noite. Ele desapareceu sem deixar rastros. Sem saber que deixou algo para trás. Meses depois, Bianca descobre que está grávida. Disposta a criar o filho sozinha, ela tenta seguir com a vida até que Noah reaparece, abalado, exigindo respostas. Quando ele finalmente decide romper com tudo para assumir a criança e a mulher que agora domina seus pensamentos, uma conspiração se forma nos bastidores. Duas famílias poderosas. Um império ameaçado. E uma guerra silenciosa para destruir Bianca antes que ela destrua o acordo que vale milhões. Entre o amor impossível, o peso do poder e a ameaça velada, Bianca terá que lutar não apenas por sua dignidade… mas pela vida do seu filho.
Ler maisNarrado por Noah Mancini Tem coisa que a gente não entende até acontecer com a gente. Tipo quando falavam que o tempo voa. Eu sempre achava exagero. Mas agora… com um bebê correndo literalmente pela casa, eu entendo. Um ano. Um ano desde que tudo mudou. Desde que Bianca colocou aquele pequeno tornado no mundo e me ensinou o que é amar de um jeito que não cabe em palavra nenhuma. Era só olhar pra ele que tudo fazia sentido. Eu tava na sala, com o notebook aberto e um milhão de abas sobre decoração, tema de festa, orçamentos e ideias de lembrancinha. Bianca veio da cozinha com o Matteo no colo, e ele tentando agarrar um biscoito com a mãozinha, todo decidido. Noah: — A tropa tá atacada hoje, hein? Bianca riu, ajeitando o Matteo no colo e olhando pro caos da sala. Brinquedo espalhado, fralda no canto do sofá, uma mamadeira esquecida no braço da poltrona. Bianca: — Ele acordou assim: com energia de quem tomou café com açúcar e foi pra rave. Eu fui até ela, peguei o Matteo no colo
Narrado por GustavoEu cuspi no chão de novo. Sangue.Meu sangue.O espelho da sala ainda refletia o estado em que eu fiquei depois que aqueles desgraçados me espancaram. A cara inchada, o nariz fodido, o olho roxo latejando. E tudo isso por causa dela.Letícia.A filha da puta teve a audácia de mandar o namorado mafioso dela me obrigar a assinar um contrato. Um maldito contrato de divórcio. E eu assinei.Fui obrigado a assinar.Com dor. Com raiva.Mas assinei.Levantei do sofá com dificuldade, jogando a garrafa de uísque vazia contra a parede. Os estilhaços voaram, mas nem me mexi. A dor do corpo nem chegava perto da dor que tava queimando dentro de mim.— Vagabunda... — sussurrei, com os dentes cerrados. — Tu vai se arrepender de ter cruzado meu caminho.Me arrastei até a pia da cozinha, joguei água no rosto. Não adiantou. Só escorria sangue misturado com ódio.Ela conseguiu o que queria, né? Se livrou de mim. Tava com o galã da família rica. Grávida. Morando num apartamento pago pe
Narrado por LetíciaO barulho do ar-condicionado da clínica me deixava inquieta. Eu tentava me concentrar na tela do celular, mas a cada dois minutos olhava pra porta, como se o simples fato de estar ali me fizesse exposta demais. Vulnerável. Como se qualquer pessoa pudesse abrir e me arrancar tudo de novo.Mas ele tava ali. Sentado do meu lado. Com a mão sobre a minha perna, os dedos fazendo carinho de leve, como se fosse um lembrete de que tava tudo bem agora. E eu queria acreditar nisso. Queria de verdade.Enzo: — Tá nervosa?Letícia: — Um pouco.Enzo: — É só uma consulta, Ariel. Não é nada demais.Letícia: — Eu sei. Mas... sei lá. É a primeira vez, né?Ele sorriu de lado. E era um sorriso bonito, aquele meio de canto de boca, que fazia os olhos ficarem menores e o rosto parecer mais leve.Enzo: — Vai dar tudo certo. Eu tô aqui com você.E ele tava mesmo. Desde que aquela tempestade com o Gustavo aconteceu, o Enzo tinha virado tudo o que eu achei que nunca teria: presença. Apoio. P
Narrado por Enzo ManciniO carro subia a ladeira devagar, como se a cidade inteira tivesse entrado em silêncio depois da tempestade que eu deixei pra trás. A pasta com o contrato de divórcio estava no meu colo, como uma maldita medalha de guerra. Mas não era uma vitória qualquer. Era o início da liberdade dela. Era a porra do começo.Letícia agora era oficialmente uma mulher livre. Livre do homem que destruiu o brilho dos olhos dela. Livre da prisão disfarçada de casamento. Livre das ameaças, dos gritos, da culpa.Livre pra ser minha.Quando o carro parou em frente ao prédio, respirei fundo. O porteiro me deu um aceno nervoso — provavelmente lembrando da minha ligação anterior. Subi sozinho, com a pasta debaixo do braço. Cada passo até aquele apartamento parecia mais leve, como se eu estivesse caminhando pro que realmente importava.Bati duas vezes na porta. Ouvi os passos apressados do outro lado e, quando ela abriu, o coração bateu no mesmo segundo em que o olhar dela encontrou o me
Narrado por Enzo ManciniEu passei a noite com Letícia nos braços. Ela chorou até adormecer, e mesmo dormindo ainda tremia. O medo do Gustavo era um fantasma grudado na pele dela, e aquilo me deixou ainda mais convicto de uma coisa:Eu ia resolver esse problema. E ia fazer isso do meu jeito.Quando o sol começou a aparecer, levantei da cama devagar, sem acordá-la. Fui até a sala, liguei pro Fábio, meu advogado, e pedi que preparasse outro contrato de divórcio. Sem frescura, sem cláusulas. Só a assinatura dele. E que me encontrasse no endereço do Gustavo em uma hora. Mandei também chamar dois seguranças da confiança do meu pai. Eles sabiam lidar com esse tipo de situação.Botei a mesma roupa da noite anterior, deixei um bilhete pra Letícia ao lado da cama.“Fica calma. Eu tô resolvendo. Quando voltar, você vai estar livre dele. — Enzo.”Desci, entrei no carro e dirigi até o endereço do Gustavo. Quando estacionei, os seguranças já estavam me esperando no hall do prédio. Fábio chegou log
Narrado por Enzo ManciniEu tava no meio de uma reunião chata pra caralho, com três executivos que falavam como se estivessem recitando bula de remédio. Minha cabeça já tava longe dali fazia tempo. Desde que eu saí do apartamento da Letícia, eu só pensava nela.Pensava nela grávida. Pensava no jeito que ela falou que não queria mais fazer parte de plano nenhum. Pensava no medo nos olhos dela, no tom de voz que carregava culpa e exaustão.Meu celular vibrou no bolso. Vi o nome dela na tela e não pensei duas vezes.Enzo: — Com licença. Preciso atender. É urgente.Saí da sala antes de alguém contestar, fechei a porta e atendi.Enzo: — Letícia?A voz dela veio chorosa, trêmula, como se cada palavra fosse cortada por uma faca invisível.Letícia: — Enzo... ele me ligou... ele me ameaçou... ele... ele disse que vai me matar se eu insistir no divórcio... ele rasgou os papéis, me chamou de tudo quanto é nome... eu tô com medo... eu tô com muito medo...O sangue gelou nas minhas veias. Meu corp
Último capítulo