Narrado por Noah Mancini
A mesa da sala de jantar estava posta como sempre: fria, elegante, calculada. Pratos caros, taças de cristal, tudo montado para impressionar. Mas hoje, eu não estava ali para manter aparências.
Meu pai, Lorenzo Mancini, me observava do outro lado da mesa com aquele mesmo olhar impassível de sempre. Um homem de aço. Nunca demonstrava emoção — só controle. Ao lado dele, minha mãe mantinha a postura ereta, mas os olhos revelavam preocupação. E à minha esquerda, Enzo, meu irmão mais novo, sorria como quem pressente a oportunidade de ouro.
— Então? — meu pai começou. — Chamou-nos com urgência para quê? Espero que não seja mais um capricho seu, Noah. Estamos às vésperas de uma fusão bilionária.
— Não é capricho. É decisão. — falei, com a voz firme. — E quero que ouçam com calma. Porque nada do que direi será negociável.
Enzo riu.
— Lá vem bomba.
Ignorei.
— Há algumas semanas, tive um envolvimento com uma funcionária da empresa. Foi uma única noite. E agora.