Mundo de ficçãoIniciar sessãoApós o término de um relacionamento repleto de mal-entendidos, o que fazer quando os sentimentos ainda estão latentes? Acredita-se que vale a pena dar uma segunda chance a um amor que parece indefinido. Nesta história envolvente, o destino pode surpreender ao reunir duas pessoas que, embora pensem que tudo está perdido, descobrirão que o verdadeiro amor pode encontrar seu caminho mesmo nas dificuldades. Será que eles conseguirão superar os obstáculos e reescrever sua história juntos?
Ler maisGuillermo Ruschel
Sei que não estou agindo dentro do habitual. Já faz tempo desde a ultima vez em que havia ficado tão descontrolado, os dias estão sendo agitados e estou ficando cada vez mais impaciente. Confesso que não sei me portar diante das outras pessoas, pois nenhuma delas merece ver o quão incomodado e ressentido eu ainda estou. Essas pessoas não merecem nem saber a dor que sinto sempre que a vejo. Mas não tem como fugir disso, ou eu encaro ou fujo. E nem fodendo vou ser considerado o fujão da história. Eu não aceito ser controlado por essa situação depois de tantos anos. Engulo o whisky que tem no meu copo enquanto meus olhos vão além da visão panorâmica à minha frente. Meus pensamentos me fazem sentir uma angústia tão profunda que não sinto nem vontade de sair de casa, o que é muito estranho, eu sei. Por isso estou sem atender as ligações insistentes do meu melhor amigo. Ao menos, eu acho que seja Orion, pois ele é o único que tem o telefone fixo daqui. Quem mais em sã consciencia teria o meu telefone fixo? Depositando o copo em cima do aparador, me afastei da varanda e me joguei no sofá, sentindo uma sensação ruim se apoderar de mim. Tudo isso voltou depois de ver aquela mulher de novo. Precisava ser agora? Justamente no momento mais tranquilo da vida do meu melhor amigo, minha vida resolveu virar de ponta cabeça. Foi culpa dela. Tudo culpa daquela mulher. Nada que envolva Caroline é fácil para mim, e agora saber que ela é próxima da mulher do meu melhor amigo, sem dúvidas me incomoda muito. Na verdade tem tirado a minha paz dia após dia. Estou evitando frequentar os jantares que estão me convidando, pois sei que ela estará lá, e não tenho forças para controlar tudo que ainda sinto. Se fosse apenas dor, talvez eu conseguisse deixar de lado, mas ainda me sinto humilhado por ela. Me sinto tão humilhado que não consigo nem disfarçar. Cobrindo o rosto com o braço, soltei um longo suspiro e comecei a pensar no último dia que compareci a um almoço entre amigos e Caroline estava lá, o que me pegou totalmente de surpresa, e para minha sorte, consegui deixar pistas para meu melhor amigo, pois não tinha como falar tudo naquele momento. Lembro que eu, Orion e Lorenzo estávamos conversando na parte externa do jardim pois eu estava muito abalado visivelmente diante dos últimos fatos. — Sim. É ela. Coçando a nuca, vejo Orion ficar estático por alguns segundos até que respondeu. — Eu realmente não fazia ideia. Confirmando com um gesto, baixei a cabeça me sentindo perdido quando Lorenzo quebrou o silêncio e respondeu com a voz neutra. — Eu acho que você deveria reconsiderar, Guillermo. Levantei da poltrona e respondi negando com a cabeça. Meu peito pesava só em pensar na possibilidade de estarmos no mesmo lugar e fingir que nada aconteceu. Foi a tampo tempo que não deveria me incomodar, mas eu sinto tudo e com o dobro de tamanho. — Não. Eu não quero ficar no mesmo lugar que Caroline. Passei as mãos pelo meu cabelo e continuei dessa vez falando a verdade. — Não é porque não quero, e sim, porque não consigo. Apoiando a mão em meu ombro, Lorenzo me guiou em direção a janela e disse com sua testa franzida. — Eu acho que deveria ver isso então.Caroline HoffmannNao demorou muito para que logo estivemos degustando de um excelente café em meio a uma conversa descontraida. A verdade é que passar um tempo com a Lilian funcionava como um curativo em um pequeno corte. Ela trás conforto para mim. — Mas amiga, como tem sido?Lilian perguntou enquanto levou sua xicara aos lábios e bebericando o meu proprio café, eu confirmei com a cabeça e respondi. — Já faz algumas semanas que não os vejo, mas Guillermo está acompanhando eles de perto, então acredito que tudo esteja bem.Colocando minha xicara sob a mesa, eu soltei um suspiro ao confessar. — Sinceramente, tenho medo de colocar expectativas.Confirmando com a cabeça, Lilian responde. — Não é para menos, Carol. Tudo isso fopi muito complicado, e o processo até caqui foi bem doloroso.Franzindo os lábios, confirmei com a cabeça e disse. — Sim, foi bem dificil mesmo. Sinceramente, ainda temo apresentar meus pais para o Oliver. Eu tenho medo qu
Caroline HoffmannOlhando o relogio em cima da minha mesa, percebo que faltam 3 horas para meu plantão acabar e sinceramente, estou ansiosa para ir para casa. Não é pelo cansaço, e sim para aproveitar o tempo com meus meninos.Oliver se adaptou muito bem com Guillermo, e isso inclui todos os hobbies que ambos descobriram juntos.Semana passada os dois começaram a fazer natação e luta, o que me deixou muito animada, por que Oliver sempre demosntrou interesse nesses tipos de esportes, ms eu nunca conseguia tempo o suficiente para acompanha-lo nas aulas por causa do meu horário de trabalho e para nossa felicidade, Guillermo conseguiu resolver isso com facilidade.Sacudindo a cabeça, tentei recuperar meu fogo até que ouço algumas batidas na porta e em seguida a mesma foi aberta lentamente. — Com licença, Doutora.Reconheço a voz da enfermeira chefe então logo me levantei para recebê-la.Erguendo a caneça, eu sorri e fiquei a espera de Ester. — Doutora, tem uma pessoa aguarda
Guillermo Ruschel Analisando toda a situação, eu poderia me deixar levar pela emoção. Caroline estava muito emocionada, e esse era um lado que eu ainda não havia presenciado. Ela tão emotiva junto dos seus pais, no entanto, também preciso levar em consideração que eles causaram muitos problemas a ela então preciso manter meus pés no chão para ampara-la caso eles saiam dos trilhos. Sinceramente, não acho que vão mas ainda é cedo para confiar. Apertando o volante entre meus dedos, observo atentamente a estrada em que estamos percorrendo. O trânsito está fluindo bem e como deve ser, seguro. Olhando para o lado, encontro Caroline ressonando, com uma expressão completamente relaxada, diferente de como a encontrei ontem em meio ás lágrimas e tremores. Soltei um suspiro ao relembrar aquele momento. Vê-la chorar daquela forma é algo que vou evitar ao máximo possível. A ulima coisa que quero causar é a sensação de dor e medo para ela de novo,e isso inclui qualquer pessoa a nossa volta
Caroline Hoffmann— Vocês podem plantar o que quiserem aqui.Guillermo murmurou e então os dois se viraram para nós e naquele momento eu não consegui me controlar e corri até meus pais, sentindo que naquele momento eram os meus pais amados mais uma vez. A sensação de te-los perto de mim depois de tantos anos afastados foi indescritive e por incrivel que pareça, senti com o se os anos não tivessem passado.— Filha.Ouço a voz do meu pai carregado de emoção ao ser abraçado, e confrimando com a cabeça, me permiti chorar enquanto abraçava os dois com toda a força quie eu tinha.— Vocês estão bem?Eu me afastei para olha-los no rosto e então minha mãe foi a primeira a dizer.— Minha filha, eu pensei que não iria querer nos ver depois de tudo que fizemos a você e aos seu irmãos.Neguei com um gesto e os puxei para mais um abraço e disse.— Eu senti tanto a falta de vocês. As lagrimas ainda banhavam meu rosto quando eu desabafafei.— Pensei que tínhamos perdido vocês.Meus pais me apertaram
Caroline Hoffmann Logo que desci, soltei o ar ao ser recepcionada por uma leve brisa de ar fresco. Olhando a nossa volta, pude encontrar um vasto gramado sem fim. Sem duvidas, Oliver iria adorar esse lugar. — Algo me faz pensar que Oliver iria gostar daqui. Ouço Guillermo dizer e sorrindo, eu confirmei com a cabeça e disse. — Você tem razão. A sensação que tenho ao olhar em volta é de paz absoluta. Nada mais parecia estar acontecendo de tão ruim, o som dos pássaros ao longe, a brisa leve balançando as folhas das árvores, o calor do sol, o cheiro de flores que se misturam com a vegetação. Tudo aqui se resume em paz. — Vamos? Guillermo murmurou ao oferecer sua mão e aceitando sua aproximação, eu sorri e entrelacei nossos dedos e logo nos direcionamos para os portões de madeira branco. Todo o local parecia saído daqueles filmes americanos de comédia Romântica. Uma casa enorme branca com as paredes brancas e as janelas em um marrom escuro, com uma varanda e algumas cadeiras de bal
Caroline Hoffmann Sinto meu corpo estremecer diante do que estou prestes a fazer. Já faz semanas que não vejo os meus pais, e pela primeira vez, eu vou encontra-los longe de todos os vicios, ou seja, vou encontrar os meus pais com suas antigas personalidades, porem com vestigios de suas dependencias. Confesso que estou com medo de como iremos nos tratar. Não sei se serei bem recebida, sincermente, estou preparada para ser humilhada, mas ainda assim, preciso ve-los e me certificar de que estão bem. Sei bem que Guillermo não iria fazer nada contra eles, mas sinceramente, não confio nos dois. Talvez eles tentem algo para fugir, e se for necessario, poderiam até tentar contra as suas vidas e só em pensar nisso, sinto meu peito doer. Já faz 3 horas que estamos na estrada, Guillermo esta dirigindo atentamente, enquanto atende uma ligação ou outra, e eu estou perdida em meus proprios pensamentos, temendo o pior em relação aos meus pais. Até hoje me lembro da forma que eu era tratada





Último capítulo