O carro preto estacionado na frente da pensão chegou exatamente às 19h30. Um motorista saiu, perguntou meu nome com um sorriso polido e abriu a porta do banco de trás. Sentei-me hesitante, sentindo minhas mãos suarem no vestido simples que vestia. O caminho parecia longo, ou talvez fosse minha ansiedade que esticava o tempo.
A casa dele — ou melhor, a mansão dele — era como aquelas que eu via nas novelas da TV, ou nas revistas de luxo que às vezes encontrava no lixo. Portões altos, jardins simétricos, luzes elegantes... Eu me senti como alguém que tinha invadido o cenário de um drama coreano. Era uma casa de campo.
Eun-woo estava na porta, esperando por mim.
Vestia uma camisa branca impecável, dobrada até os cotovelos, e calças sociais pretas. Um homem simples no visual, mas imponente de natureza.
— Boa noite, Soo-ah. — disse com um sorriso leve. — Que bom que veio.
— Boa noite... senhor. — respondi, abaixando um pouco o olhar.
— Lembra do que combinamos... Nada de senhor aqui. — Ele