O silêncio que se instalou depois da proposta parecia durar uma eternidade.
Meus olhos estavam fixos nos dele, tentando entender se era algum tipo de brincadeira de mau gosto. Mas não havia sequer um traço de humor em sua expressão. Ele estava falando sério. Muito sério.
— Você quer... se casar comigo? — repeti, num sussurro incrédulo.
— Sim. Um casamento por contrato. Você não precisa fingir sentimentos. Só cumprir alguns termos. Eu garanto uma vida confortável para você, seus irmãos e seu pai. Em troca, você será minha esposa... e mãe do meu filho.
Senti minha garganta secar. A comida esfriava na mesa ao nosso lado, esquecida.
— Eu... não sei o que dizer — murmurei, desviando o olhar.
— Eu não espero uma resposta agora. — Sua voz era gentil, mas firme. — Sei que é muita coisa para absorver. Mas preciso que pense. Com calma.
— E se eu disser não?
— Você continuará empregada. Continuará recebendo seu salário. Eu jamais tiraria nada de você. Essa proposta é uma escolha, não uma chantag