Era sexta-feira e os resultados das provas finalmente tinham saído.
Elize sorriu ao ver as notas na tela do celular. Seu desempenho havia sido excelente — muito acima da média em quase todas as matérias. Mas havia uma exceção. Direito Penal II.
Tinha perdido poucos pontos, quase nada. Para a maioria dos alunos, aquela diferença não faria a menor falta. Mas para Elize, aquilo era inaceitável. Ela queria estar no topo. Queria ser vista, reconhecida — não por vaidade, mas por estratégia. Sabia onde queria chegar, e isso exigia que fosse impecável.
Esperou o final da aula e foi até o professor.
— Professor Ademar... tem alguma chance de rever a nota da minha prova? Talvez eu possa fazer algum trabalho extra? — tentou com um sorriso contido.
O homem ergueu os olhos dos papéis com um suspiro.
— Senhorita... Elize, não é? — ela assentiu. — Olha, não estou com tempo de corrigir nada além do que já corrigi. Mas... se quiser participar do congresso de Direito Penal da semana que vem e me