O coração de Elize batia tão alto que ela quase podia ouvir, mas, ao erguer o olhar, encontrou Henrique. E então tudo se aquietou dentro dela.
Henrique sentiu o peito arder ao vê-la avançar. O sol, refletido na baía atrás do pergolado, parecia ter escolhido iluminar apenas o caminho dela.
Quando os olhos dos dois se encontraram, nada mais parecia importar. Nem o burburinho emocionado dos convidados, nem o perfume das flores que decoravam o altar.
Era como se aquele instante fosse só deles, suspenso no tempo.
Henrique deu um passo à frente, estendendo a mão. Elize a segurou, e ambos respiraram fundo, como quem finalmente chegava em casa.
Madalena pigarreou, a voz embargada, mas firme:
— Queridos amigos e familiares, estamos aqui reunidos diante de Deus e desta vista que testemunhou tantas histórias… para celebrar o amor que vence o tempo, a distância e até mesmo a dor.
Henrique apertou de leve a mão de Elize. Ela sorriu, com os olhos marejados.
Madalena deu uma pausa n