O despertador mal havia tocado e Elize já estava de pé, o corpo leve com a expectativa do final de semana em família. Colocou uma roupa confortável, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo rápido e terminou de juntar as coisas que havia separado na noite anterior — roupa extra, algumas compras para a casa da irmã, o carrinho azul metálico para Gael.
Colocou a mochila nas costas, pendurou a sacola no braço e saiu. O céu ainda clareava quando ela montou na scooter vermelha. Girou a chave, acelerou, e como um raio cortou as ruas estreitas da Baía até alcançar a estrada.
O vento no rosto e o sol nascendo atrás das montanhas deixavam tudo mais bonito. Aquela era a sensação de liberdade que ela tanto amava. Abasteceu a moto no posto à beira da estrada, já ansiosa pelo que a esperava.
Camila morava na cidade vizinha, mas a viagem até lá levava quase uma hora e meia, com sorte. Ainda assim, Elize calculava que chegaria antes de Gael acordar — o que tornaria a visita ainda mais especial.
A