Elize acordou no bangalô em Maldivas e, ao abrir os olhos, se deparou com o mar brilhante e azul pela janela. Virou-se para o lado, mas a cama estava vazia.
Com um suspiro, levantou-se com cuidado e caminhou até a varanda, encontrando Henrique sentado numa espreguiçadeira, o notebook aberto no colo.
— O combinado era não trazer trabalho para as férias, senhor promotor de justiça — disse ela, cruzando os braços, meio brincando, meio séria.
Ele resmungou qualquer coisa, mas antes que pudessem continuar, um grito animado ecoou do quarto:
— Mãããe! Vamos andar de bicicleta! Quero ir até o final dos bangalôs!
— Meu amor — respondeu ela, sorrindo, colocando a mão na barriga — olha o tamanho da mamãe! Não tenho essa coragem não. Leva seu pai junto, assim ele esquece um pouco do trabalho.
Henrique fechou o notebook, levantou-se e veio até ela, passando a mão na barriga de Elize e dando um beijo suave na testa antes de sair com Gael:
— Vê se cuida direitinho da Zoe, que a gente já volta.