Era uma manhã tranquila. Helena estava sentada à mesa, com uma xícara de chá e o caderno aberto. Arthur estava no sofá, desenhando algo que ela ainda não tinha visto. O bebê ainda não tinha nome, mas já tinha espaço, já tinha planos, já tinha amor.
O celular de Helena vibrou. Uma mensagem de Beatriz:
“Preciso te mostrar uma coisa. Pode passar aqui hoje?”
Helena respondeu que sim. Beatriz era sempre direta, mas quando usava aquele tom, era porque vinha novidade.
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Mais tarde, sentada no escritório de Beatriz, Helena folheava um envelope cheio de papéis. Eram rascunhos, anotações, trechos de conversas que ela e Arthur haviam compartilhado ao longo dos últimos meses. Beatriz sorria, observando sua reação.
— Eu guardei tudo. E com sua permissão, quero transformar isso num livro.
Helena arregalou os olhos.
— Um livro?
— Sim. Sobre vocês. Sobre escolhas, sobre amor, sobre recomeços. Não é só bonito — é real. E pode tocar muita gente.
Helena ficou em silêncio por alguns segundos. Depois, s