O aeroporto de Narita estava silencioso, envolto por uma neblina suave que parecia combinar com o estado de espírito de Helena. Ela puxava sua mala com firmeza, mas por dentro, tudo parecia instável. Arthur havia ficado em Paris. E pela primeira vez em meses, ela estava sozinha.
O projeto da Vanguard em Tóquio era ambicioso. Reuniões com líderes empresariais, treinamentos intensivos, decisões que afetariam políticas globais. Helena mergulhou no trabalho com disciplina, mas o vazio ao fim do dia era inevitável.
Ela caminhava pelas ruas de Shibuya, observando os letreiros coloridos e os rostos apressados. Tudo era novo. Tudo era distante. E mesmo assim, ela sentia que algo dentro dela estava se ajustando.
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Arthur enviava mensagens todos os dias. Algumas longas, outras curtas. Às vezes, só uma foto de um café, ou uma frase solta:
“Hoje o céu em Paris está do jeito que você gosta.”
Helena respondia com carinho, mas também com cautela. Ela não queria que a saudade virasse dependência. Q