Casamento Inesperado com Meu  Chefe Arrogante

Casamento Inesperado com Meu Chefe Arrogante PT

Romance
Última actualización: 2025-08-15
Ana Victória  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Durante uma festa na casa de uma amiga com seu noivo, Katherine Salles recebeu uma mensagem do seu chefe pedindo que ela resolvesse urgentemente um trabalho. Ela pediu emprestado o computador da amiga e acabou descobrindo diversas fotos íntimas entre o noivo e a própria amiga. Traída pelas duas pessoas em quem mais confiava , ela cancelou o casamento. Ao voltar para sua casa, não recebeu a compreensão dos pais e , revoltada, saiu de casa . Chegando a um hotel onde passaria a noite, acabou encontrando seu chefe Ethan Lancaster. Ele a levou para o quarto e a fez trabalhar . Depois de terminar a tarefa , ela bebeu escondida o uísque dele. Na manhã seguinte , acordou na cama do seu chefe. Ethan foi se encontrar com um cliente , deixando-a no quarto para se recuperar da ressaca. Nesse momento a noiva de Ethan apareceu, deu um tapa no rosto dela e a acusou de seduzir seu noivo. Katherine Salles acostumava a acreditar no amor , mas depois de ser traída pelo noivo , começou a não confiar mais tão facilmente nos homens. Por outro lado , Ethan Lancaster era arrogante e não queria se casar porque acha que as mulheres estão com ele apenas pelo dinheiro. Ele rejeita sua noiva somente porque foi imposta por seu avô e somente para contrariá-lo beija Katherine sua secretária na frente dele, declarando para ambos ,pegos de surpresa que ela seria sua esposa.

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Capítulo 1

KATHERINE SALLES

CAPÍTULO 001

Logo após o expediente aceitei o convite de Letícia , uma das minhas melhores amigas para curtir na sua casa , era uma social que ela daria para os amigos colocar o papo em dia e beber até não aguentar mais em uma sexta à noite,  e para ser sincera era justamente tudo o que eu precisava para desacelerar a minha mente entorpecida pelo tirano do meu chefe. Ele , literalmente era um maníaco por controle e trabalho , sem deixar de lado o modo arrogante com que tratava as pessoas. Fala sério! o cara se achava o último biscoito do pacote e tudo bem , ele podia se achar mesmo já que era bilionário e possuía uma beleza fora do normal que deixava qualquer um de boca aberta . O que estragava, todo esse fenômeno ''incomum'' era sua hostilidade e frieza. O cara realmente possuía uma skin lendária, arrasadora de corações . E claro que eu não estava inclusa nesse pacote , tudo o que eu sentia por Ethan Lancaster não passava de antipatia , só de pensar nele já me deixava à beira de um colapso nervoso - entretanto não era hora de ficar pensando no workaholic do meu chefe , mas sim, de me permitir curtir tudo o que eu tenho direito. Iria beber para esquecer dos meus problemas. Uma  vez em que eu balançava meu corpo envolvida na batida da música , levando a latinha de cerveja à minha boca entrando no clima da festa de Letícia. Precisava relaxar, um ser humano normal também precisava descansar após trabalhar por horas a fio. A música alta fazia o chão vibrar . Luzes coloridas dançavam pelo teto da sala ampla, refletindo nos copos e nas taças meio cheias . Risadas e conversas se misturavam ao som grave do Dj. Eu tentava sorrir e entrar no clima , mas minha cabeça já se encontrava a quilômetros dali.

Meu celular vibrou no bolso da bolsa, insistentemente. Quando peguei, o nome no visor fez meu estômago apertar. 

Chefe: “Preciso que finalize aquele documento agora. É urgente.” 

E por falar no demo...

Suspirei, fechando os olhos por um segundo. A medida em que respirei fundo tentando não me irritar , já falhando miseravelmente. Trabalhar no meio de uma festa, claro… era só o que me faltava. 

Aproximei-me de Letícia, que conversava com dois amigos no canto da cozinha, segurando uma taça de espumante. 

— Amiga, me empresta seu notebook? É coisa rápida e corriqueiro de trabalho. 

— Claro, tá ali no balcão — disse ela, sorrindo, com aquele jeito caloroso de sempre. — Já tá conectado no wi-fi. 

Peguei o computador aberto. A tela estava com uma pasta minimizada no canto. Não dei muita importância, mas, ao abrir o Word para começar, meu olhar foi puxado por uma miniatura de imagem dentro da pasta. A curiosidade me banhou , não é claro como se eu gostasse de ficar fuçando as coisas dos outros , ainda mais da minha melhor amiga .

Porém a curiosidade falou mais alto, um instinto impulsivo fez com que eu agisse quase que no piloto automático. Meu coração acelerou por estar mexendo no que não era da minha conta.

Cliquei, como se minhas mãos não me obedecessem. 

A foto abriu em tela cheia. Era meu noivo , beijando Letícia. Uma sequência de imagens 

mostrava mais do que beijos. Mostrava intimidade, fotos com todas as posições mais 

sórdidas possível .  

O ar sumiu dos meus pulmões. Meu peito queimava, mas minhas mãos tremiam de nervoso. O som da festa virou um zumbido distante. Eu encarava a tela como se estivesse encarando o próprio abismo. 

Fechei o notebook com força, quase derrubando um copo ao lado. Levantei-me, com a visão turva levando a latinha de cerveja comigo, sem conseguir ainda acreditar que eles dois haviam me traído dessa maneira. Letícia percebeu assim que me aproximei dela 

— Já conseguiu? — perguntou com o rosto tomado por expectativa. 

Lhe olhei com calma, enquanto pegava fogo por dentro. Meus olhos encontraram os dela. A máscara de amiga perfeita começou a rachar, porque ela sabia. Ela viu que eu sabia. 

— Não — minha voz saiu firme, tão cortante como uma navalha — Mas eu já vi o 

suficiente.- então dominada pela fúria, joguei o restante do conteúdo da latinha que 

segurava em minhas mãos na sua cara , lhe pegando totalmente desprevenida. - Sua vadia! 

Os olhos dela se arregalaram ,os lábios tremeram. Enquanto as pessoas que estavam 

em sua festa olhavam a cena horrorizados , começando o burburinho. Ela tentou abrir a boca, mas não disse nada. Não precisava. Eu já tinha todas as respostas. 

Saí da casa pisando duro, ignorando o chamado distante de Letícia atrás de mim. 

O vento frio da noite era um contraste como de fato me sentia internamente , o ódio por 

ter sido traída me dilacerava. Por sorte passava um táxi e então acenei para que parasse, uma vez em que caí para dentro limpando com mãos trêmulas as malditas lágrimas que desciam pelo meu rosto. Chorava de frustração e raiva! Por ter confiado nos dois e ter sido apunhalada dessa maneira. 

Não iria direto para casa ainda , precisava extravasar todo o ódio que estava sentindo . 

Não deixaria barato , não mesmo! . Antes lavaria a minha alma , nem que para isso perdesse o meu réu primário! 

Fui direto para a casa de Daniel. Impaciente chamei na campainha por repetidas vezes sem pausa . Tão logo ele apareceu na porta provavelmente recém saído do banho , já que estava com os cabelos molhados e uma toalha em volta da cintura.  

-Katherine? O que faz aqui? - Fingi um sorriso e me aproximei fingindo que lhe beijaria ,em um movimento rápido dei uma ajoelhada no seu saco escrotal. Uma vez em que Daniel ficou vermelho ficando sem ar , curvando seu corpo para segurar nos seus países baixos soltando um palavrão com voz esganiçada.

-Achou que eu seria tola o suficiente para que deixasse passar sua traição com aquela vadia da Letícia?- De vermelho ele ficou pálido, tentando corrigir sua postura por conta da dor que sentia.

-Kat...não sei o que ela falou , mas é tudo mentira. - Um sorriso de escárnio se estampou em minha boca.

-Vai pro inferno você e ela . Esse noivado de merda está acabado!. – Retirei o anel do meu dedo anelar e o joguei na sua cara , me virando nos meus calcanhares com meu rosto erguido por mais que estivesse me sentindo destroçada. 

Assim que cheguei em casa , abri a porta com tanta força que a mesma bateu forte. 

Meus pais estavam na sala, vendo TV. Minha mãe se levantou, assustada. 

— Filha, o que foi? 

— O casamento acabou. — A frase saiu seca, sem margem para dúvidas. — Ele me traiu. Com a Letícia. 

Meu pai se endireitou no sofá, franzindo o cenho. 

— Você vai perdoar. 

Pisquei, atônita. 

— Como é? 

— Ele é de uma família influente. Pode ajudar muito nos negócios. E já anunciamos o casamento para todos — completou minha mãe, cruzando os braços. — Cancelar agora seria uma vergonha. 

A bile queimava minha garganta. - Eu não vou casar com um traidor. 

Meu pai respirou fundo, o olhar ficando mais duro. - Então nem precisa voltar para esta casa. 

Foi como levar um soco na boca do estômago. Por alguns segundos, só consegui encarar os dois, esperando que alguém risse e dissesse que era exagero que tudo não passava de uma brincadeira de mau gosto. Mas isso não aconteceu. Subi para o quarto sem mais dizer uma só palavra que fosse, enfiei algumas roupas na mala e saí sem olhar para trás. 

O táxi avançava pela cidade encharcada. As luzes refletidas na pista pareciam borrões 

coloridos no vidro molhado. Meu rosto estava quente, as lágrimas teimavam em cair. 

Meu celular vibrou de novo. 

Chefe: “E o documento?” 

Limpei o rosto com o dorso da mão e digitei 

“Estou doente. Não posso trabalhar hoje. E vou precisar me ausentar na próxima semana.” 

Desliguei o aparelho antes de ler a resposta, não tinha ânimo para mais nada agora. Me sentia sem energia e completamente devastada. Não sabia se doía mais a traição do meu noivo com a minha melhor amiga ou de meus pais, que ao invés de me entenderem e me acolherem quando mais precisei , optou por me expulsar de casa. 

Desci do táxi puxando minha mala de rodinha. Uma vez em que encarei o enorme prédio à minha frente, limpando meus olhos com o dorso da mão , muito provavelmente estão vermelho como se eu tivesse acabado de fumar um baseado.

Assim que atravessei pelas portas, o saguão do hotel estava silencioso, iluminado por luzes amareladas. Arrastei minha mala até o balcão da recepção enquanto tateava os bolsos da jaqueta. Nada. Revirei 

minha bolsa. Nada. 

Droga. Minha identidade. Provavelmente tinha ficado em casa. 

Suspirei, tentando pensar no que fazer. Não acreditando que o universo havia resolvido conspirar contra mim logo hoje. Dei um passo para trás e esbarrei em alguém. 

O choque fez minha mala tombar para o lado. 

— Descul… — comecei, mas parei ao erguer a cabeça. 

O constrangimento me banhou do alto da cabeça até a planta dos pés. 

Ele estava ali. Meu chefe. 

Camisa social preta, mangas dobradas até o antebraço, gravata frouxa. O cabelo, levemente bagunçado, dava um ar menos formal do que no escritório. Mas o olhar… o olhar era o mesmo, intenso e atento, como se ele pudesse atravessar a minha pele e ver tudo que eu tentava esconder. 

— O que faz aqui? — Ele arqueou a sobrancelha de modo julgador. — Não disse que estava doente e que não podia trabalhar hoje? e muito menos na próxima semana?

A vergonha subiu pelo meu rosto como fogo. O constrangimento foi tão grande que me vi engolindo em seco , minha cognição para respostas rápidas na ponta da língua quase me deixou na mão. 

— Eu… é…-definitivamente não sabia onde esconder a minha cara , de tanta vergonha que sentia-Aconteceram alguns problemas pessoais e eu precisava dar um tempo de tudo, somente por isso disse  aquilo . - Umedeci meus lábios , enquanto ele me encarava de volta com as sobrancelhas arqueadas- E pra completar o caos  acabei esquecendo minha identidade. — A voz falhou enquanto pigarreei tentando recuperar o que sobrou da minha dignidade. — Não consigo fazer o check-in. 

Ele me estudou por um segundo. O silêncio dele me deixou ainda mais inquieta e envergonhada . Pelo olhar do meu chefe , deveria estar julgando até a minha alma. 

— Venha comigo. 

— O quê? Não precisa… — tentei protestar, mas ele já segurava minha mala. 

— Vamos resolver isso — disse, e começou a andar em direção a um corredor lateral, sem esperar que eu o acompanhasse. 

Segui, ainda tentando processar tudo. As solas dos meus sapatos faziam um som 

abafado no carpete, uma vez em que o acompanhava. 

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