Acordei com o som abafado da chuva batendo contra os vidros do quarto, e por um momento, me permiti esquecer onde estava. O calor do corpo de Baran ao meu lado era a única certeza que eu precisava. Ele dormia de lado, o rosto sereno, os traços másculos suavizados pelo sono, os lábios entreabertos como se sonhasse com algo bom.
Permaneci observando-o em silêncio, meus dedos traçando círculos imaginários sobre sua clavícula. Aquela quietude não combinava com o homem que eu conhecia — o mafioso turco que havia me salvado, me possuído, me amado da forma mais intensa possível. E ainda assim, naquele instante, ele era só meu. Não o chefe. Não o criminoso. Apenas Baran. O homem por quem eu estava perdidamente apaixonada.
— Está me olhando como se quisesse me devorar. — a voz dele soou rouca, sonolenta, mas carregada de desejo.
— Talvez eu queira. — sussurrei, inclinando-me para beijá-lo devagar.
O beijo começou lento, quase inocente, mas rapidamente se transformou. As mãos dele deslizaram pe