Capítulo 47 – Sombras entre nós

Eu ainda podia ouvir os ecos dos tiros naquela noite. Mesmo depois do silêncio se instalar, meu corpo vibrava com a adrenalina que não se dissipava. Baran estava ao meu lado, o sangue em sua camisa branca agora começava a secar, e seu olhar seguia distante, sombrio, como se uma parte dele tivesse ficado para trás naquela emboscada.

— Você está bem? — perguntei baixinho, minha voz quase sumindo diante do silêncio incômodo no carro.

Ele não respondeu de imediato. As mãos ainda firmes no volante, os olhos fixos na estrada, como se fugir fosse mais importante do que falar.

— Baran… — insisti, tocando sua perna suavemente.

Ele respirou fundo, finalmente virando o rosto para me encarar. Seus olhos estavam escurecidos, intensos.

— Estou bem. Mas você não deveria estar aqui. — sua voz soou firme, mas havia uma dor escondida nela. Uma angústia.

— Não fala isso. Você me levou até lá. Eu estava com você porque quis. Porque escolhi. — rebati, sentindo o coração apertar.

— E quase morreu por isso.
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