Acordei com o som dos pássaros do lado de fora, mas minha mente ainda estava presa à noite anterior. O banho, os toques, a forma como ele me amou como se o mundo fosse acabar. Mehmet dormia ao meu lado, os traços relaxados, como se finalmente tivesse encontrado um pouco de paz.
Observei o peito dele subindo e descendo lentamente, o maxilar firme, os cabelos bagunçados sobre a testa. Era bonito de um jeito cru, perigoso. E eu estava completamente presa a ele.
Desci da cama devagar, tentando não acordá-lo. Vesti uma camisola de seda leve e fui até a cozinha. Cem estava na sala, como sempre, acordado cedo, olhos atentos, celular em mãos.
— Dormiu bem? — ele perguntou, tomando um gole de café.
Assenti, indo até a cafeteira. Meu corpo ainda doía, mas era um cansaço bom. Um cansaço que só quem é muito bem amada conhece.
— Ferhat… está mesmo morto?
— Está. — Cem confirmou com frieza. — E vai continuar morto.
A forma como ele falou fez um arrepio subir pelas minhas costas. Não pelo medo, mas