Acordei com a ausência do seu calor. A cama ainda guardava o cheiro dele, o travesseiro estava ligeiramente afundado onde ele repousara a cabeça. Mas Mehmet já não estava ali.
Levantei devagar, sentindo uma inquietação se enraizando dentro de mim. A janela do quarto estava entreaberta, e do lado de fora, a cidade ainda dormia sob o céu acinzentado. No entanto, meu coração batia como se o sol já estivesse alto e eu correndo por minha vida.
Vesti um robe de seda e fui até a sala. Encontrei Cem sentado no sofá, um copo de café forte na mão, olhos atentos ao celular.
— Ele saiu? — perguntei, mesmo sabendo a resposta.
Cem ergueu os olhos, visivelmente desconfortável.
— Saiu faz menos de uma hora. Não queria que você soubesse. Disse que deixasse você dormir.
— Ele foi encontrar Ferhat, não foi?
O silêncio dele confirmou o que eu já suspeitava. Senti o estômago embrulhar. Caminhei até a janela, observando as ruas lá embaixo. Tudo parecia normal. Mas o caos estava em algum lugar ali, disfarça