Ana
Quando ouvi o nome dele sair da boca de Lara, fiquei paralisada. Era como se alguém tivesse arrancado o ar dos meus pulmões. Mark. Só de pensar já me dava um nó no estômago, uma mistura de saudade antiga com nojo e mágoa que eu jurava que já tinha enterrado.
— Você falou com… o Mark? — repeti, como se precisasse confirmar que não estava ficando maluca.
Lara respirou fundo, cruzando os braços sobre o peito, claramente desconfortável.
— Falei, sim. — admitiu. — A gente se encontrou no interior, por acaso. Foi estranho, mas ele puxou assunto. Conversamos bastante. Ele perguntou de você. Disse que… sente sua falta.
Meu sangue ferveu. Como assim sente minha falta? Depois de tudo? Depois de cada lágrima, cada noite em que eu me senti a pessoa mais idiota do mundo por ter acreditado nele?
Lara continuou, sem perceber (ou fingindo não perceber) a tempestade que se formava dentro de mim:
— Ele parecia sincero. Disse que cometeu erros, que se arrepende… e que nunca deixou de se importar.
R