Memórias

Ana

Deitei na cama de cara virada, ainda com o sangue fervendo.

Nem o travesseiro escapou da minha raiva — dei umas três pancadas nele antes de me enterrar no meio dos lençóis.

— Idiota. — murmurei, sem saber se falava comigo ou com ele.

Como ele pôde rir daquele jeito?

Como se nada tivesse acontecido, como se não tivesse uma mulher do outro lado da linha querendo… sei lá o quê!

Revirei na cama igual frango na brasa.

“Para de pensar nisso, Ana. Respira. Relaxa.”

Mas quanto mais eu tentava me acalmar, mais a cena voltava: a risada dele, o tom de voz, o *eu também queria te ver*.

Quis gritar.

Quis sumir.

Mas o sono… nem sinal.

Então fiz o que sempre faço quando a cabeça não para: procurei uma lembrança boa.

Qualquer uma.

Uma que me lembrasse que nem tudo na vida era caos e tempestade.

Fechei os olhos.

E, sem querer, o rosto que veio não foi o de Lex.

Foi o de Mark.

O sol batia fraco pelas janelas da fazenda.

O cheiro de café forte no ar.

E eu ali, deitada no sofá, rindo das tentativas
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