Ana
O silêncio pesado que pairava no salão depois da briga explodiu de repente em gritos. Os outros ladrões dourados, percebendo que um dos seus estava caído, começaram a avançar com as armas erguidas.
O brilho metálico refletia nas luzes do salão como se fossem lâminas afiadas prontas para cortar o ar.
Um deles atirou para cima, e o barulho ecoou tão alto que senti meus ossos tremerem. As pessoas gritaram, se jogaram no chão ou correram desesperadas em direção às paredes, mas eram encurraladas pelos homens armados. A festa luxuosa se transformara em um pesadelo.
— Fiquem parados! — gritou um dos ladrões, chutando um convidado que tentava fugir. O homem caiu, sangue escorrendo da testa.
Meu coração disparou. As mãos suavam tanto que mal conseguia controlar a respiração. Senti a mão de Lex agarrar a minha com força, quente, firme, quase dolorida.
— Corre! — ele rosnou perto do meu ouvido.
E eu corri.
Não pensei, só deixei minhas pernas obedecerem à força com que ele me puxava. Os grit