O campo de treino se escondia atrás da mansão — um espaço aberto, cercado por árvores e o cheiro ácido de pólvora. O sol nascia devagar, tingindo o céu com tons de ouro e fogo.
Dominic entregou uma metralhadora pesada a Valentina.
— Apoie firme. Essa não perdoa erro.
Ela a segurou, sentindo o peso real nas mãos. — Acho que consigo.
— Não “acha”. — Dominic se aproximou por trás, a voz baixa, quente contra a pele dela. — Ou controla, ou é engolida.
As mãos dele cobriram as dela, ajustando o gatilho, guiando o movimento.
O corpo de Dominic encostava no dela, sólido, preciso.
O cheiro dele — fumaça, couro e perigo — invadiu o ar, misturando-se ao som metálico da arma sendo destravada.
— Pés abertos, base firme — murmurou, inclinando-se até que o lábio quase roçasse a orelha dela. — Assim.
Valentina travou a respiração. O calor dele, o toque, o comando — tudo se misturava.
Por um instante, o som do mundo desapareceu.
— Respira — ele ordenou.
Ela puxou o ar devagar, o