A viagem até a mansão foi silenciosa. O som constante do motor misturava-se à respiração contida de Valentina. Do lado de fora, a estrada era engolida por árvores e névoa.
Quando o portão se abriu, ela percebeu que o lugar não era apenas um esconderijo — era um império isolado. A casa antiga, de pedra e vidro, ergui-se sob a luz fria da manhã como um castelo moderno. Nenhum vizinho. Nenhum som além do vento.
Dominic saiu primeiro, os passos firmes ressoando no pátio de mármore.
— Bem-vinda ao fim do mundo — disse, abrindo a porta principal. — Aqui, só sobrevive quem sabe onde pisa.
Valentina atravessou o corredor amplo. As paredes exibiam quadros antigos, mapas e armas emolduradas. Tudo nele gritava controle.
— Bonito demais para um criminoso — provocou.
Ele sorriu de canto. — Depende do ponto de vista. Às vezes, a diferença entre um criminoso e um empresário é apenas o advogado.
No salão principal, havia uma mesa com armas desmontadas. Dominic pegou uma pistola e jogou n