O prédio da Culturarte parecia mais imponente do que nunca naquela manhã nublada. Helena segurava a pasta com os documentos que conseguira com a ajuda de Leonardo e Marcos — documentos que provavam fraudes nas contas da fundação, desvio de verbas públicas e doações fictícias feitas por empresas fantasmas. O nome de Vinícius Moretto aparecia discretamente, mas estava lá. E com ele, o de Camila Duarte.
Ela entrou no prédio com passos firmes, mas por dentro o coração batia acelerado. Teresa havia alertado: se Helena cruzasse essa linha, não haveria volta.
No topo da escada de mármore, Camila a esperava.
— Que prazer inesperado — disse ela com um sorriso gélido. — A que devo a honra?
Helena ergueu a pasta.
— Eu queria conversar. Em particular.
Camila a conduziu até sua sala. O ambiente cheirava a perfume caro e a controle absoluto. Cada detalhe parecia ter sido escolhido para transmitir poder.
Helena colocou os documentos sobre a mesa de vidro.
— Eu sei o que você e Vinícius estão fazendo