Onde o Tempo Descansa

O inverno chegou com suavidade, envolto em brumas e cheiros de lenha queimando. As manhãs eram frias e as tardes douradas, e o rio, agora mais cheio, corria com um murmúrio grave e compassado. O som das águas preenchia o ar como um coração constante, lembrando a Isadora que a vida seguia, mesmo quando parecia estar parada.

Naquela manhã, ela acordou antes do sol. O céu ainda estava cinzento, e a névoa cobria o campo como um manto. Vestiu um xale grosso, acendeu o fogo e preparou o café. Rafael ainda dormia, o rosto tranquilo, os cabelos desalinhados. Havia algo de terno em vê-lo assim, vulnerável, entregue ao descanso. Isadora sorriu, pensando em como o amor amadurece — começa feito chama, mas termina em brasa, aquecendo de forma mansa e constante.

Depois de tomar o café, saiu até o quintal. As folhas úmidas estalavam sob seus pés, e o ar gelado lhe corava o rosto. O rio estava coberto por uma leve névoa, e o som da correnteza ecoava suave. Ficou ali por alguns minutos, observando o r
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