(ALANA)
O cheiro do café fresco invadia o ambiente, misturado ao leve perfume das flores que Constância sempre colocava na mesa. Sentei-me silenciosamente, tentando ignorar o incômodo peso no meu peito. Matthew já havia partido naquela manhã, e apesar do beijo, da confusão, eu não conseguia apagar o que havia acontecido com Ozil naquela noite intensa. Algo dentro de mim mudara.
Comi em silêncio, observando a maneira como Constância se movimentava, sempre atenta, sempre silenciosa. Ela era uma mulher que escondia mais do que mostrava. E mesmo que algo em seu olhar dissesse que sabia mais do que deveria, ela nunca falava demais. Agradeci pelo café e subi para o nosso quarto.
O vapor quente do banho me recebeu como um abraço. Entrei no box, deixando a água escorrer pelos meus ombros, tentando lavar os pensamentos. Meus dedos escorregavam lentamente sobre a pele, lembrando-se das mãos de Ozil, da forma como ele me tocou, como me fez esquecer por instantes qualquer outro nome.
A po