(ALANA)
Eu estava no quarto, tentando distrair minha mente com um dos livros antigos que encontrei na biblioteca da casa. Mas não conseguia me concentrar. Desde o jantar com Ozil, algo em mim estava inquieto. A forma como ele me olhava, como se tentasse ler meus pensamentos... Como se soubesse que meu coração ainda sangrava por outro.
Fechei o livro e me levantei, indo até a janela. A noite parecia estranhamente silenciosa. Os ventos traziam o cheiro da floresta húmida e distante, mas também... sangue? Franzi o cenho e inclinei o corpo, tentando ouvir melhor.
Foi então que escutei. Passos apressados, vozes abafadas... e um gemido. Meu coração acelerou.
Corri pelo corredor, desci as escadas quase tropeçando nos meus próprios pés. Quando cheguei ao hall de entrada, congelei. Ozil acabava de entrar pela porta com alguém em seus braços. Sujo de sangue. Inconsciente. E mesmo antes que eu pudesse ver o rosto com clarez