O caminho de volta para casa foi silencioso, quase sufocante. Eu e Ozil caminhávamos lado a lado, mas havia um mar entre nós. O jantar, por mais agradável que parecesse na superfície, deixou um gosto amargo dentro de mim. Ele foi gentil e atencioso. Mas mesmo com tudo isso, meu coração insistia em estar em outro lugar. Com outra pessoa, não era fácil fingir não estar sentindo saudades de Matthew e ao mesmo tempo, sentir que Ozil tinha algo que me atraia nele.
Quando chegamos, ele abriu a porta e me deixou entrar primeiro. A casa estava escura e tranquila, como se guardasse segredos que preferia não revelar.
— Obrigado por ter vindo jantar comigo — ele disse com um sorriso leve, ficando atrás de mim.
— Eu que agradeço... — murmurei, pendurando meu casaco ao lado da porta.
— Você está mais quieta que o normal.
Quis dizer a verdade. Dizer que a presença dele me confundia, mas não era o suficiente para abafar o que ainda queimava em mim por Matthew. Em vez disso, só balancei