Mundo ficciónIniciar sesiónMara deixou para trás a pequena fazenda dos pais e o aconchego do interior para correr atrás de um sonho: formar-se e, um dia, voltar como professora para a escola de sua cidade natal. Tinha um namorado que falava em casamento, mas Mara nunca quis viver sob a sombra de um homem. Forte e decidida, ela sempre fez questão de ser dona do próprio destino — não aceitava ordens nem se deixava intimidar. Mas o rumo da sua vida muda de forma brutal quando é sequestrada por homens misteriosos e entregue a dois alfas — criaturas selvagens, cruéis e dominadoras. Só que, ao invés de vê-la quebrar diante do medo, eles se surpreendem com sua coragem e sua determinação. Agora, Mara terá que enfrentar uma escolha impossível: lutar com todas as forças para escapar... ou se render a uma paixão perigosa que pode mudar sua vida para sempre. --
Leer másPonto de Vista de LucyQuando as visões vêm, é sempre a mesma coisa: caos.Elas não chegam como lembranças ou sonhos. Elas me atravessam.São tempestades que rasgam minha mente, gritos que ecoam do outro lado da existência.Mas desta vez… foi diferente.Foi muito pior.Desde que meus meninos nasceram, eu soube que havia algo neles que transcendia o que eu conhecia sobre o mundo espiritual. Apolo sempre foi o fogo — impaciente, corajoso, impulsivo, mas com um coração puro. Arthur, por outro lado, era o equilíbrio — forte, silencioso, fiel. Os dois eram como o sol e a lua, distintos, mas inseparáveis.E agora, finalmente, as peças começaram a se encaixar.Eles não eram apenas lobos.E nunca foram apenas meus filhos.Eles eram os guardiões da deusa da lua.Quando essa verdade me atingiu, meu corpo inteiro tremeu. Eu, uma banshee que já havia visto a morte em todas as suas formas, me senti pequena diante daquilo.A divindade da lua, a criadora das criaturas noturnas, havia confiado
Ponto de Vista de MaraMeu corpo estava exausto, mas minha mente não. Desde que deixamos a mansão do rei vampiro, algo dentro de mim parecia ter se acalmado — como se uma peça perdida tivesse finalmente encontrado seu lugar. Quando estava ao lado de Annabelle, olhar em seus olhos e sentir aquela conexão era como respirar após anos submersa. Mas ao mesmo tempo, dentro de mim, um redemoinho se formava. Algo estava vindo. Algo sombrio.Eu dormi no carro, dormi no colo de Apolo, dormi na cama macia do quarto que agora eu sabia que era meu lar. Dormi cercada pelos dois, um de cada lado, os corpos quentes, respirações lentas, corações batendo em sintonia com o meu. Eles eram minha fortaleza. Meus guardiões. Minha outra metade.Mas meu sono não era tranquilidade.No instante em que meus olhos se fecharam completamente, eu estava lá.No campo de flores prateadas.O vento era suave, quase como mãos acariciando. O céu tinha tons lilás, azul profundo e pontos de luz que dançavam como vagalume
Ponto de Vista de ArthurQuando chegamos à alcateia e vi nossa mãe esperando na porta da casa do Alfa, senti o meu estômago se contrair. Lucy nunca esperava por ninguém. Ela sempre aparecia quando queria, sempre surgia quando as visões a puxavam. Se ela estava ali, parada, imóvel, olhando para nós daquele jeito… era porque algo ruim estava perto. Muito perto.Apolo saiu do carro primeiro, carregando Mara nos braços. Ela dormia profundamente, exausta pela visita até a mansão do rei dos vampiros e pela caminhada longa na neve congelante. Eu fiquei observando os dois por alguns segundos. A forma como Apolo a segurava… como se ela fosse feita de vidro. E de certa maneira, ela era. Ela podia ser forte, feroz, nascer destinada à lua — mas ainda era nossa. E o mundo estava sempre tentando arrancá-la de nós.E eu não ia permitir isso.De jeito nenhum.— Mãe — eu disse assim que cheguei perto.Ela não respondeu. Apenas virou as costas e entrou na casa. Aquilo foi o suficiente para gelar meu sa
Ponto de Vista de ApoloA estrada de volta parecia mais longa do que na ida. Talvez fosse o silêncio. Talvez fosse o peso do que vimos e sentimos. Ou talvez fosse apenas o cansaço que caía sobre nós como uma neblina densa. Mara adormeceu antes mesmo de deixarmos o território dos vampiros. Estava exausta. O corpo dela era leve nos meus braços, mas eu sabia o quanto ela tinha lutado para manter o controle durante aquela visita. Era muito para ela. Demais.Arthur dirigia em silêncio, os olhos fixos na estrada, o maxilar travado. Ele não precisava dizer nada. Eu sabia. Ele estava tão preocupado quanto eu.A mansão do rei Victor ficava na região mais fria das montanhas ao norte, onde a neve nunca derretia e onde até o vento parecia carregado de lembranças antigas. Para chegar até lá, deixamos o carro em uma trilha estreita e seguimos a pé por quase duas horas. Aquele lugar não era feito para humanos. E, ainda assim, a Jaqueline estava lá. Viva. E… grávida.Tudo isso pesava na mente de Mar
Ponto de Vista de MaraFazia semanas desde que voltamos para a alcateia dos gêmeos, e pela primeira vez em muito tempo eu estava em paz. As noites frias da floresta me faziam bem. O som distante dos uivos, o calor do fogo nas noites, o cheiro da terra úmida depois da chuva… tudo parecia parte de mim. Era como se, depois de tanto sofrimento, eu finalmente tivesse um lar.Mas, por mais que tentasse seguir em frente, um rosto continuava voltando à minha mente: Jaqueline.Minha amiga.Minha irmã de dor.Éramos apenas duas garotas assustadas quando Sebastian nos sequestrou. Ele nos manteve presas, usadas como mercadoria, vendidas para homens poderosos que pagavam caro por mulheres “especiais”. Eu tive sorte. Encontrei os alfas. Fui resgatada. Mas Jaqueline...Ninguém sabia o que aconteceu com ela depois que os vampiros compraram Até o dia que ela foi na alcateia com seu companheiro vampiro.Raf, o beta da alcateia, me contou que a todos estavam falando da gravidez da humana companheir
Ponto de Vista de MaraVoltamos para a alcateia dos gêmeos.O caminho de volta parecia mais leve do que eu imaginava — talvez porque, pela primeira vez em muito tempo, meu coração estava em paz. As árvores se erguiam ao redor da estrada como guardiãs silenciosas, e o vento frio trazia consigo o cheiro familiar da floresta. O som distante de lobos uivando me causava uma sensação estranha de pertencimento.Nunca pensei que um dia eu diria isso, mas… eu me sentia em casa.Depois de tudo o que aconteceu — a captura, o medo, a luta, o reencontro com minha mãe —, estar ali novamente, entre aqueles que me protegeram desde o início, parecia certo. A alcateia dos gêmeos não era apenas um abrigo; era o lugar onde encontrei minha força, onde descobri quem realmente sou.Annabelle e Andreas...Meus pais.Ainda era difícil dizer essas palavras sem sentir um nó na garganta. Passar anos acreditando estar sozinha no mundo, e de repente descobrir que sou filha da rainha e do rei de todo um reino...
Último capítulo