(OZIL)
Ela viu. Eu não precisava que dissesse nada, estava escrito no rosto dela, no modo como seus olhos brilharam com decepção, como seus lábios tremiam com palavras que não chegaram a sair. O mundo podia estar em silêncio, mas dentro de mim o caos explodia.
— Alana, não é o que você pensa — minha voz saiu rápida, desesperada, enquanto eu segurava a toalha à minha cintura.
— Como não é o quê ela pensa Ozil? — Beatriz da de ombros. — Ela não te ama e não vale a pena tentar se explicar. Ela não te merece.
Ela não disse nada. Apenas me olhou por mais um segundo e saiu dali com passos duros, como se cada um deles fosse uma punhalada. Vesti-me rapidamente e ignorei Beatriz quando ela tentou se explicar.
— Eu pensei que fosse ela, Beatriz! O perfume... estava igual! O que você queria com isso? — vociferei, pegando minha camisa.
Ela apenas deu de ombros, como se aquilo fosse só um jogo. Como se brincar com minha vida e com os sentimentos de Alana fosse algo normal. Eu nunca de