(ALANA)
— Ele acordou — Ozil disse do outro lado da porta. Sua voz era firme, mas seu olhar... estava pesado.
Senti o coração tropeçar no peito. Não consegui responder de imediato, apenas o encarei como se ele tivesse acabado de soltar uma bomba. Letícia, que até então estava sentada no canto comigo, se levantou depois de mim. Seus olhos brilharam de alívio.
— Ele acordou? De verdade?
Ozil assentiu. — Está fraco, mas consciente.
Sem pensar, me levantei e segui pelo corredor. Meus passos estavam apressados, como se algo dentro de mim me empurrasse para ele, mesmo que eu soubesse o caos que isso poderia provocar.
Matthew. Ele estava vivo. E acordado.
Letícia me acompanhava em silêncio, mas eu sentia sua respiração acelerar ao meu lado. Quando chegamos à porta, o cheiro dele me atingiu com tudo. Era o mesmo. Inconfundível. Um cheiro que a minha alma reconhecia antes do meu corpo.
Assim que entramos, os olhos de Matthew encontraram os meus. Mesmo fracos, havia neles uma te