A Ômega do Alfa Proibido: Vínculo Selvagem

A Ômega do Alfa Proibido: Vínculo Selvagem PT

Lobisomem
Última actualización: 2025-06-20
Janne Vellamour  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Ela fugia de um destino imposto. Ele era o lobo que ninguém ousava desafiar. Aurora é uma ômega marcada por cicatrizes, visíveis e invisíveis. Após escapar de um casamento forçado com um Alfa cruel, ela só quer sobreviver. Mas o destino a joga nos braços de Cael: um Alfa dominante, CEO de um império de segurança e líder da matilha mais temida do país. Ele a reivindica. Sob a tensão, nasce algo mais forte que o medo: desejo, poder e um vínculo selvagem impossível de negar. Enquanto Aurora descobre a força que carrega, Cael enfrenta aqueles que jamais aceitaram suas escolhas. Unidos por um vínculo indomável, precisarão desafiar velhas regras e resistências para proteger aquilo que mais importa. Até onde você iria para proteger quem o destino colocou ao seu lado?

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Capítulo 1

Capítulo 1

Capítulo 1

— Estão todos prontos? — sussurrou ele, os olhos âmbar cortando a penumbra como lâminas.

Cinco homens se espalhavam entre os arbustos e as árvores centenárias. Guerreiros leais da matilha Ironfang, vestidos com trajes táticos pretos e máscaras que escondiam quase todo o rosto. Eles assentiram em silêncio, já em formação.

Cael ergueu a mão, dando o sinal. Com movimentos ágeis e sincronizados, o grupo avançou.

A missão era clara: destruir um entreposto clandestino da matilha rival, Bloodclaw. Informações internas haviam revelado que Lucian, o Alfa dos Bloodclaw, estava traficando lobos solitários, vendendo-os como mercenários para humanos inescrupulosos ou usando-os como moeda de troca em guerras de poder. Um crime brutal, mesmo para os padrões dos alfas mais cruéis.

Cael se movia com precisão, como se fosse parte da floresta. Sua respiração era contida, controlada. O lobo dentro dele, sempre à espreita, permanecia alerta, mas em silêncio.

— Alvo a 200 metros, ao norte — murmurou Jarek, seu Beta, com um sussurro quase inaudível pelo comunicador. — Estamos com sinal de calor vindo da estrutura. Confirmamos presença.

— Aguardem meu comando — respondeu Cael, os olhos fixos no escuro adiante. — Nada de ações precipitadas.

Eles se aproximavam do perímetro quando Cael parou subitamente. Um cheiro diferente cortou o ar.

Não era ferro, suor ou fumaça. Era algo mais suave... porém impregnado de desespero. Um cheiro que ativou algo primal em seu peito. Baixando-se lentamente, ele inalou mais uma vez. Havia sangue, fresco, misturado com o perfume adocicado de uma fêmea ômega.

O lobo dentro dele rosnou.

— Mudança de rota. Algo está errado — disse ele, desviando para o leste sem explicar.

— Cael? — Jarek chamou pelo comunicador. — Precisamos manter o foco.

— Eu disse que algo está errado — rosnou o Alfa, cortando a conversa. Sua voz saiu mais grave, mais carregada de instinto. Ninguém ousou contestá-lo.

Seguindo o cheiro por entre raízes grossas e galhos baixos, Cael avançou por cerca de trinta metros até que a encontrou.

A jovem jazia caída entre folhas secas, com o corpo coberto por arranhões, hematomas e lama. Seus cabelos estavam embaraçados e sujos, grudando na testa suada. Os lábios entreabertos deixavam escapar respirações fracas, quase irregulares.

O tempo parou.

Assim que seus olhos pousaram nela, Cael sentiu um impacto violento em sua alma. Como se um raio o atingisse, partindo-o ao meio. Um calor percorreu-lhe o peito, os músculos e os ossos. Seu lobo uivou dentro dele, desesperado para se aproximar.

A conexão era clara.

Ela era sua companheira.

— Pela Lua... — sussurrou ele, ajoelhando-se ao lado do corpo dela.

Estendeu a mão com cuidado, como se temesse que ela desaparecesse com o toque. Seus dedos pousaram sobre a pele fria do pescoço, buscando o pulso. Fraco. Mas ainda ali.

O corpo dela tremia levemente. Um murmúrio escapou de seus lábios rachados.

— N-não me obrigue... eu... não quero... casar...

Cael arregalou os olhos.

Ela estava fugindo. Fugindo de alguém que queria forçá-la a se casar. E, pelo cheiro em sua pele, aquele alguém era da matilha Bloodclaw.

O sangue dele ferveu.

— Jarek, preparem a retirada. Encontramos uma prisioneira. Vamos levá-la agora.

— Uma o quê? Cael, isso pode ser uma isca — retrucou o Beta.

— É minha companheira.

Silêncio.

Jarek demorou dois segundos para processar.

— Estamos a caminho.

Cael passou os braços com delicadeza sob o corpo dela, tentando não pressionar os ferimentos visíveis. Ela gemeu baixo, inconsciente, e se aconchegou instintivamente contra o peito dele. O gesto partiu seu coração.

“Eu te protegerei. Você está segura agora.”

Nos minutos seguintes, o grupo recuou pela floresta em silêncio absoluto. O entreposto foi deixado para outra noite. Nada mais importava para Cael naquele momento. Aquela mulher ferida e frágil que ele mal conhecia... era sua outra metade.

Enquanto subiam na caminhonete blindada, ele acomodou o corpo dela sobre seus joelhos. Com o maxilar tenso e os olhos semicerrados, sussurrou em um tom sombrio:

— Seja lá quem te machucou, eu juro pela Deusa que ele vai pagar com a própria vida.

O interior do veículo estava em total silêncio, exceto pelos sons fracos da respiração irregular da jovem nos braços de Cael.

Ela ainda estava inconsciente, os olhos fechados com força como se vivesse um pesadelo do qual não podia escapar. A cada gemido abafado, o coração do Alfa se contraía, e o lobo dentro dele rosnava, impaciente.

— Quanto tempo até chegarmos? — Cael perguntou, sem tirar os olhos do rosto dela.

Jarek, ao volante, lançou um olhar rápido pelo espelho retrovisor. — Menos de quinze minutos até os portões da propriedade.

Cael assentiu, acariciando com os dedos o rosto pálido da ômega. Suas bochechas estavam frias. A pele, marcada por hematomas escurecidos. Os lábios, rachados. Ainda assim, mesmo em estado tão frágil, ela era linda. Como se a própria Lua tivesse colocado sua bênção sobre ela.

Ele sentia o vínculo vibrar por baixo da pele, instável, incompleto. Mas real. Intenso.

Ela era dele.

— Alfa... — Jarek hesitou, escolhendo as palavras com cautela. — Você tem certeza sobre isso? Sobre ela?

Cael levantou os olhos devagar, os músculos do maxilar rígidos.

— Assim que a toquei, soube. O vínculo é real. O lobo reconheceu antes de mim. Ela é minha companheira. Minha Luna.

O silêncio retornou, mas dessa vez carregado de significado. Na hierarquia dos lobos, um vínculo de companheiros não era uma escolha — era uma verdade espiritual, sagrada, indestrutível.

Quando finalmente cruzaram os portões da propriedade dos Ironfang, a mansão de pedra e vidro se revelou ao fundo, grandiosa, imponente no meio da escuridão. Cercada por hectares de floresta e protegida por barreiras mágicas e tecnologia de segurança, era um refúgio seguro e agora, o lar da jovem ferida.

— Avise o doutor Myles. Ele tem cinco minutos pra estar aqui. — A voz de Cael era uma ordem cortante.

Jarek desceu imediatamente e correu para dentro da mansão, acionando o sistema de emergência da matilha. Enquanto isso, Cael a carregou com cuidado escadas acima, atravessando os corredores silenciosos até seu próprio quarto.

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