(Lua)
Não consegui dormir naquela noite. Cada vez que fechava os olhos, via o rosto de Eduardo, o calor de seus braços, a firmeza de suas mãos segurando as minhas durante aquele beijo. Ainda sentia o toque de seus lábios nos meus, a proximidade de seu corpo, e meu coração disparava sem controle.
Eu nunca havia sentido algo assim antes, nem por Bruno, nem por ninguém. E, no entanto, ele estava ali, inatingível, frio e ainda assim capaz de me fazer estremecer só por me olhar.
Minha mente girava em círculos. Um beijo. Apenas um beijo, mas carregado de tanta intensidade que parecia ter despertado algo dentro de mim. E, por mais que eu tentasse me convencer de que aquilo fazia parte de um plano, de um contrato, eu não podia negar: estava apaixonada por ele.
E agora havia a mentira da gravidez. Aquela história que Eduardo havia contado diante de toda a família… agora se tornava real. Eu precisava engravidar de verdade. E, de alguma forma, meu corpo e minha mente concordavam que queria tenta