Capítulo 128, vai dar tudo certo.
Visão de Amber.
A primeira coisa que ouvi quando voltei a mim não foi uma voz.
Foi um som…
Regular.
Constante.
Um bip que cortava o silêncio como uma lâmina fina.
No começo, eu não sabia se estava em um sonho ou afundada em algum lugar no qual jamais deveria ter entrado. Meu corpo parecia pesado — pesado como pedra — e minha mente parecia envolta em uma névoa grossa, úmida, sufocante.
Tentei abrir os olhos.
Um deles respondeu.
O outro, não.
Luz forte.
Cheiro de antisséptico.
Algo apertando meu braço.
Algo prendendo minha respiração num ritmo que não combinava com o meu.
Eu estava… onde?
Senti uma pontada profunda na barriga. Não era só dor. Era uma mistura de vazio e ardência. Um aviso. Um corte. Um silêncio interno.
E, então, tudo voltou como um raio:
As contrações.
O corredor frio.
Alyce na UTI.
Henry me segurando quando eu quase desabei.
A dor rasgando minha barriga.
As enfermeiras me deitando às pressas em uma maca.
O som dos equipamentos.
A médica gritando instruções.
Alguém dize