— Não me interessa o século. Enquanto você morar debaixo do meu teto, com o meu nome, você vai seguir minhas regras. E se não tá satisfeita, se acha que é melhor do que isso, se acha que o que eu dou não basta… então tá bom. Eu vou arrumar um pretendente pra você. Um homem de Deus. Sério. Responsável. E ele vai saber como cuidar de uma mulher insubordinada como você.
Senti as lágrimas ameaçarem cair, mas segurei. Eu não queria chorar ali. Não na frente dele. Não de novo. Mas foi inútil. Uma lágrima escapou, escorreu pelo rosto. Tentei limpar rápido, mas ele viu.
— Tá chorando por quê agora?
— Porque o senhor não me ouve. Porque o senhor só me vê como uma vergonha. Porque eu tô tentando encontrar um caminho e o senhor só coloca mais muros, mais pedras, mais grades.
Ele se aproximou ainda mais. O rosto a poucos centímetros do meu.
— Você é uma ingrata. Sempre foi. Tudo que eu fiz, tudo que eu construí, toda a proteção que eu dei pra essa casa, pra essa família. E você retribui se