— O que vocês chamam de crime, eu chamo de purificação — disse, tremendo de raiva. — Vocês vão aprender a se arrepender, e dessa vez, sem oração ou perdão divino.
Foi então que ouvi um som atrás dela: o ranger da madeira, passos pelo corredor. A porta cedeu com um estrondo e Natasha apareceu, cabelo preso, roupa suja e um pouco rasgada, manchada de sangue. Parecia machucada; os olhos arregalados de pavor. Olhou a cena, pânico mudo, as mãos tremendo.
Agatha riu, um som gelado. — Ah, pelo jeito temos companhia. Onde está a minha aliada?
Natasha levantou as mãos em rendição e sussurrou: — Está abatida lá fora. — Seus olhos correram pela cena, parando na pequena Anya e na Laura dopada.
— Não dê mais nenhum passo! — Madre Agatha apontou a arma para ela.
— O que você fez com elas? — a voz de Natasha estava em pânico.
— Ah, por enquanto, ainda nada — respondeu Agatha.
Natasha ignorou a Madre e olhou para mim. — Você está bem, Isabel? — perguntou seco, claramente assustada como eu.