Ela tentou segurar o meu calcanhar, mas dei um passo para trás, mantendo a arma apontada. A minha respiração falhou, o meu peito subia e descia em espasmos.
Foi quando ouvi o barulho: passos apressados, vozes em russo e a porta explodiu.
Homens entraram em tropel, armados, os homens de Luka, táticos. O ar gelado invadiu o ambiente junto com eles. Luka, veio primeiro, o corpo como uma muralha, os olhos cortando a cena. Atrás dele, a equipe, verificando tudo com precisão.
Ele correu até mim. A roupa suja de neve, o rosto coberto de tensão. Mas foi a voz que me fez respirar outra vez.
— Rosa… — ele disse, e naquele som havia tudo: medo, fúria, alívio. — Eu tô aqui. Tá tudo bem.
Ele me olhou de cima a baixo, procurando ferimentos. Eu mal consegui responder, o meu corpo vibrava de adrenalina.
Madre Ágata tossiu, uma risada baixa saindo junto do sangue.
— Olha só… o casal traidor. — ela riu, cuspindo vermelho. — O falso amigo e a prostituta. Vocês acham que venceram? Voc