O beijo ainda queimava nos lábios de Rose quando uma voz, vinda do salão principal, quebrou o encanto como um estilhaço de vidro:
— Vamos cantar parabéns!
Os dois se entreolharam, ofegantes, o coração disparado, tentando encontrar alguma explicação para o que acabara de acontecer. O desejo ainda pairava no ar, o perfume de Frank misturado ao sal do mar e à vertigem do momento. Rose recuou um passo, levando a mão aos lábios, tentando recompor a respiração.
— Precisamos voltar... — murmurou, nervosa.
Frank apenas assentiu, o olhar ainda preso nela. —Vamos.
Eles seguiram de volta, em silêncio, caminhando lado a lado pelos corredores do resort. O som distante da festa parecia um lembrete cruel da realidade que os esperava. Quando chegaram ao salão principal, a música alegre e as risadas dos convidados.
Rose e Frank começaram a descer juntos a escadaria central. E foi ali, no meio do brilho dos lustres e dos olhares curiosos, que Martin os viu.
O sorriso dele congelou. O copo de champanhe