Por um instante, parecia que o chão ia tremer. Os dois se encaravam com um ódio contido, como predadores à beira do ataque.
Rose, com o coração disparado, se interpôs entre eles.
— Basta, por favor! — pediu, a voz trêmula. —  Eu vou. Depois... a gente conversa, Frank.
Martin manteve o olhar fixo em Frank por mais alguns segundos, antes de soltar um meio sorriso frio.
— Faça isso, Rose. E lembre-se…que sou seu esposo.
Frank deu um meio passo à frente, mas Rose segurou o braço dele, implorando com o olhar para que não reagisse.
Ela então virou-se e caminhou rápido, tentando disfarçar o tremor nas mãos, enquanto sentia o peso dos dois olhares — um de amor e outro de posse — queimando suas costas.
…
Dentro do quarto, Caterina a esperava com expressão serena.
— Ela não acordou, Dona Rose — disse em voz baixa, olhando para o berço onde Elena dormia tranquila, os cachinhos castanhos espalhados sobre o travesseiro.
Rose forçou um sorriso, exausta.
— Obrigada, Caterina. Pode ir descansar.
A mu